Chuvas no RS prejudicam soja de várzea, mas ajudam restante das lavouras e estado deve ter apenas 6% de perdas
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Entrevista com Luis Fernando Marasca Fucks - Presidente da Aprosoja RS sobre o Acompanhamento Safra de Soja
As fortes chuvas que caíram em áreas do Rio Grande Sul, principalmente a fronteira Oeste, durante o início desse ano prejudicou muito a soja de várzea no estado. Por outro lado, o restante das lavouras gaúchas se beneficiou desse alto índice pluviométrico, o que acabou equalizando o cenário de perdas para esta safra. Sendo assim, a Aprosoja RS estima em apenas 6% a queda na produtividade esperada ao início do ciclo de 18 milhões de toneladas, ficando próximo das 17 milhões de toneladas.
“Tivemos um problema de implantação de lavouras pelo excesso de chuvas no mês de novembro e isso ocasionou bastante replantio e acionamento de seguros. Esse problema em parte foi superado, mas com um atraso no plantio e falta de variedades adequadas ao ciclo mais tardio. No desenrolar desses fatos chegamos a estimativa de redução de 6%. Depois, a região de várzea foi muito afetada, mas na coxilha esse regime de chuvas fez com que a soja desse um pulo e fez uma compensação”, diz Luís Fernando Marasca Fucks, presidente da Aprosoja Rio Grande do Sul.
Com as colheitas devendo se estender até o final do mês maio, o produtor gaúcho segue apreensivo com as movimentações do mercado internacional e com os preços baixos para a venda da soja no momento. “A negociação futura está meio atrasada porque o produtor tem uma expectativa de preço melhor. A situação que parece estar se resolvendo entre os dois países (Estados Unidos e China) impactou diretamente no prêmio da nossa soja e a queda no dólar afetou o valor pago ao produtor em um nível que pode não ser recompensador para pagar todos os custos”, comenta Fucks.
Confira a entrevista completa no vídeo.