Oeste de SC sofre com frio e falta de chuvas deixando estimativa de quebra de safra entre 20 e 30%
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Entrevista com Enori Barbieri - Vice Presidente da FAESC sobre Acompanhamento de Safra da Soja
O oeste de Santa Catarina sofreu com as condições climáticas adversas para as lavouras de soja nessa safra 2018/19. A região, que concentra entre 20 e 30% dos 700 mil hectares de área cultivada do estado, vivenciou períodos de estiagem e frio, o que não possibilitou o crescimento adequado dos grãos. Com isso, a colheita que deve se iniciar ainda no final de janeiro já gera expectativas de diminuição na produção local.
“Nós estamos calculando que no oeste do estado devemos ter uma quebra na produção de soja na ordem de 20 a 30% no que era esperado. Quando entramos do meio oeste para o litoral, em que soja já foi plantada mais tarde, não teve esse problema que teve no oeste e ela se desenvolve normalmente com crescimento esperado”, conta Enori Barbieri, vice presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do estado de Santa Catarina.
Com essa diminuição no volume produzido, que na safra passada chegou a 2,3 milhões de toneladas, e o mercado sem apresentar atrativos para a venda da soja, o produtor do estado deve ter dificuldades para equalizar as contas. “Os preços praticados da soja no mercado estão muito abaixo do mercado. Aqueles que não fixaram contratos futuros estão muito apreensivos, porque pelo aumento de custo que teve nessa safra, esse preço está menor do que o ano passado e isso tira toda a rentabilidade do produtor”, afirma Barbieri.
MILHO
Já para a safra de milho, que é cultivada de maneira comercial, em sua maioria, em regiões mais para o leste do estado, as previsões são boas e a produção deve ficar próxima das médias apresentadas nos últimos anos. “Nós vamos colher novamente uma safra na ordem de 2,5 milhões de toneladas e a lavoura de milho está se desenvolvendo muito bem com as chuvas acompanhando. A região oeste, onde houve a seca, é uma região basicamente de produção de milho silagem e não milho comercial e milho grão”, pontua Enori Barbieri.
Confira a entrevista completa no vídeo.