Chuva acumulada de 350mm em janeiro deve diminuir produção do sul do Rio Grande do Sul em 20%
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Entrevista com Vicente Roberto Barbiero - Presidente de Acergs sobre o Acompanhamento de Safra da Soja
A região sul do Rio Grande do Sul vem sofrendo muito com as fortes chuvas, principalmente no mês de janeiro que já registrou até 350 milímetros acumulados. Com cerca de 30% das áreas cultivadas estando em terras baixas e sujeitas a alagações, o produtor da região começa a se preocupar com perda na produtividade, ainda mais levando em conta o calor e a necessidade de realizar até 3 ou 4 replantios nas lavouras.
“Nós tivemos um problema sério no plantio com um clima muito úmido, quente durante o dia e frio a noite, então já arrancou com problema e agora essa chuva toda na região está trazendo mais prejuízos. O entendimento da nossa associação é que estamos projetando uma quebra na safra do Rio Grande do Sul em 10% com uma produção de 17 ou 18 milhões de toneladas no estado, mas a quebra maior está concentrada na metade sul com chuva mais intensa e terras mais baixas com projeção de 20% de quebra”, diz Vicente Roberto Barbiero, presidente da Acergs (Associação das Empresas Cerealistas do Estado do Rio Grande do Sul).
Nesse momento o produtor não tem muito o que fazer, já que a chuva impede inclusive a entrada nas lavouras para realizar as aplicações de fungicidas e defensivos. Com negócios travados até o momento no estado, os agricultores aguardam o avanço do ciclo das lavouras para definir melhor um tamanho de safra, uma possível resolução quanto a tabela do frete e a melhora nos preços de venda.
“A esperança é que esses 7/8 dias de chuvas passem e volte à normalidade. A não ser nesses replantios que foram feitos, as lavouras estavam muito boas antes desses eventos de chuvaradas. Então ainda acreditamos que podemos ter uma boa produção e uma boa rentabilidade ao produtor. Esperamos que os preços volte a estar nos patamares antigos e que possamos ter uma alta produtividade, que assim a gente consegue ter resultados mesmo que os preços não estejam no patamar desejado”, pontua Barbiero.
Confira a entrevista completa no vídeo.