Tocantins deve ter produtividade de soja entre 5 e 10% mais baixa do que última safra

Publicado em 04/01/2019 09:47
Aprosoja do estado prevê diminuição com relação a média de 52 sacas por hectare colhidas na safra 2017/18 devido a falta de chuvas no Tocantins em dezembro, principalmente entre os dias 10 e 23. Produtores locais aguardam regularização das precipitações para que perdas não sejam ainda maiores.
Maurício Buffon - Presidente da Aprosoja Tocantins

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Entrevista com Maurício Buffon - Presidente da Aprosoja Tocantins sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

 

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Com a maioria de suas lavouras de soja no estágio de enchimento de grão, o estado do Tocantins já inicia a contabilidade das possíveis perdas na produtividade para esta safra 2018/19. Após um mês de novembro muito chuvoso, o estado enfrentou estiagem em dezembro que prejudicou o melhor desenvolvimento dos grãos. Apesar do pico de colheita estar programado entre os dias 15 de fevereiro e 15 de março, algumas propriedades devem iniciar esses trabalhos já na próxima semana, e a expectativa é de queda na produtividade.

“Novembro choveu muito bem e as lavouras se desenvolveram bem. Em dezembro, lá para o dia 10, cortou as chuvas e voltou a chover em algumas parte do estado pelo dia 22/23, então foi um pouco complicado. O Sol deu uma pegada e tivemos problemas pontuais de chuvas, por exemplo na região Norte, mas as condições das lavouras está bem razoável. Precisamos ainda de muita chuva para consolidar uma safra boa, mas o estado não vai colher o que colheu no ano passado, isso já é fato. Nós acreditamos em uma perda de 5% até 10% na produtividade da soja”, diz Maurício Buffon, presidente da Aprosoja Tocantins, se referindo a queda que deve se dar sobre a média de 52 sacas colhidas por hectare na safra 2017/18.

Diante desse cenário, os negócios no estado seguem travados e com poucas oportunidades de venda. A expectativa dos produtores é que essa diminuição na colheita faça com que os preços de venda retornem à patamares mais atrativos. “Hoje temos um estado um pouco menos vendido do que o normal e o mercado não está bom, com preços de R$ 65,00. Com esses problemas climáticos que estamos acompanhando no Brasil inteiro, o produtor também deu uma recuada para poder vir a fazer algum negócio e esperamos que dê uma reagida nesses preços devido a essa quebra de safra geral que vai ter no Brasil e que os preços de alguma forma retomem um pouco para diminuir essas perdas”, comenta Buffon.

Confira a entrevista completa no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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