Aumento no custo de produção põe em risco o lucro nas lavouras de soja do Maranhão
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Entrevista com José Carlos Oliveira de Paula - Presidente da Aprosoja MA sobre o Acompanhamento de Safra da Soja
O custo de produção da lavoura de soja aumentou cerca de 22% na região de Balsas (MA) quando comparado à safra 2017/18. Esse encarecimento foi puxado pelo aumento de preços dos insumos, principalmente os fertilizantes, e pelas dificuldades logísticas.
“O aumento foi entorno de 22% e em algumas áreas, que são mais afastadas das cidades, até mais. Os preços dos insumos, especialmente fertilizantes, e as dificuldades logísticas forram os principais nesse aumento. O caminhoneiro quer a sua rentabilidade e o produtor quer que seus custos sejam menores, mas todos querem transportar e estamos dando um jeito”, diz José Carlos Oliveira de Paula, presidente da Aprosoja MA.
Com a produção praticamente um quarto mais cara que a última safra, a chave para o produtor fechar a conta é aumentar a produtividade, que na última lavoura foi de 52 sacas por hectare em média no estado do Maranhão.
“O clima está ajudando, o produtor tem feito a sua parte e, se tudo continuar indo bem, a ideia é de colheita a cima da média do ano passado. Se fechar a baixo disso o prejuízo é certo, é preciso produzir mais para poder fechar a conta. Em torno de 35% dos produtores já venderam antecipadamente, mas o produtor está muito cauteloso aguardando para ver como vai ficar a produção para poder vender”, explica de Paula.
O que anima o agricultor da região é que o clima na região de Balsas está bom, com chuvas na quantidade certa e as expectativas são de uma lavoura de qualidade elevada para ser colhida a partir do dia 15 fevereiro de 2019.
“Os plantios estão um pouco adiantados e faltam apenas 5% para acabar. O produtor conseguiu plantar um pouco antes e não está sofrendo já que o clima tem ajudado. O Sol e chuva não estão exagerados e as condições são excelentes para o agricultor conseguir fazer a aplicação dos defensivos dentro do planejado e ter condições de trabalhar normalmente. Não tivemos incidência de nada e nenhum foco de ferrugem foi identificado na região até o momento”, pontua o presidente da Aprosoja MA.