Momento é ideal para vendas de safra nova,com margens positivas para soja e milho em diferentes regiões produtoras, diz analista
Nesta segunda-feira (20), o mercado da soja teve mais um dia positivo na Bolsa de Chicago (CBOT), porém, com poucos ganhos, sem grande alterações em relação ao fechamento da última sexta.
Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest, já vinha sinalizando que a produtividade e o aumento da produção nos Estados Unidos iriam ser fatores fundamentais para o mercado, o que foi confirmado pelo último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Agora, o mercado está à espera de uma possível reunião entre os membros do governo dos Estados Unidos e da China, o que deve ocorrer entre 22 e 23 de agosto. Um possível acordo poderia colocar fim nas tensões comerciais.
A China tem margem de esmagamento negativa e vem reduzindo o ritmo de compras, o que é um fator negativo neste momento. Contudo, de médio para longo prazo, o país asiático pretende fazer etanol de milho, o que iria gerar a produção de DDGs como substituto para a soja. Desta forma, o país demandaria ainda mais o cereal, tornando o cenário favorável para as exportações brasileiras.
Neste momento, há um movimento de queda nos prêmios da soja para a exportação, com a demanda migrando para os Estados Unidos e Chicago se comportando em alta, neutralizando a queda dos prêmios no Brasil.
O Brasil também corre um risco de desabastecimento de soja no mercado interno, fator que chama bastante a atenção, como pontua Araújo, já que o país não possui cota de exportação.
Confira a análise completa no vídeo acima