Demanda forte nos EUA pode ser o fiel da balança para preços em Chicago, diz analista

Publicado em 10/08/2018 09:49
China terá de importar, de agora a fevereiro, de 12 a 15 milhões de toneladas da safra dos EUA já que América do Sul não é capaz de atender toda demanda. De outro lado, o que pesa é a nova safra que ainda apresenta potencial elevado. USDA pode corrigir produtividade para cima nesta sexta-feira (10).
Matheus Gomes Pereira - Analista de Mercado da AgResource Mercosul

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Entrevista com Matheus Gomes Pereira - Analista de Mercado da AgResource Mercosul sobre a safra americana

 

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Matheus Gomes Pereira, analista de mercado da AgResource Mercosul, conversou com o Notícias Agrícolas nesta sexta-feira (10) para destacar as expectativas para o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será divulgado nesta tarde (13h no horário de Brasília).

Pereira salienta que este é o relatório mais importante de todo o verão, já que traz as primeiras estimativas baseadas em pesquisas no campo, com dados quantitativos e qualitativos a respeito das lavouras norte-americanas.

Apesar de alguns problemas pontuais, há uma expectativa de maior produção e maior produtividade, tanto para a soja quanto para o milho. A safra vem com um desenvolvimento saudável no cinturão agrícola, de forma que os fatores justificariam este aumento.

Segundo o analista, as estimativas são conta de uma produtividade de 176 bushels/acre para o milho e de 50 bushels/acre para a soja. Qualquer variação desses números pode direcionar bastante ao mercado.

Paralelamente à guerra comercial entre China e Estados Unidos, há uma demanda intensa pela soja 2018/19. Contudo, querendo ou não, a China precisará de 12 a 15 milhões de toneladas da soja norte-americana até fevereiro de 2019. Como o USDA já retirou parte da demanda chinesa na expectativa para as exportações, a presença desse retorno no mercado pode trazer recuperações expressivas para a soja na Bolsa de Chicago (CBOT).

Entretanto, a demanda não deve ser o destaque do relatório de hoje. O principal foco especulativo deve ser mantido na oferta. "Mas o boletim de agosto é algo imprevisível", ressalta Pereira.

 

Por: Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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