Demanda forte pela soja EUA (safras velha e nova),incertezas com o clima e China dependente do grão americano,sustentam Chicago
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Entrevista com Flávio França Jr. - Chefe do Setor de Grãos da Datagro Consultoria sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Nesta quarta-feira (08), os negócios da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar de forma positiva, com ganhos em torno de quatro a cinco pontos nos principais vencimentos, estes que se aproximam dos US$9/bushel.
Flávio França Jr., chefe do setor de grãos da Datagro Consultoria, destaca que ainda não dá para "cravar e definir uma tendência de alta", já que existem algumas variáveis limitantes. Contudo, o mercado mostra resistência a uma queda maior ao longo da semana.
Os prazos e os fundos permanecem negativos para os preços. Há um agravamento no conflito comercial entre Estados Unidos e China nesta semana, sem sinal de acerto para os países. Na questão da safra norte-americana, apesar da piora nas condições de lavoura anunciada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), considera-se que a safra vai bem.
Entretanto, a questão do clima nos Estados Unidos ainda se encontra conflitante, o que ajuda a dar um pouco de suporte para as cotações. Além disso, inevitavelmente a China deve comprar algum volume de soja norte-americana em algum momento, taxada ou não - e este momento está se aproximando.
França Jr. ressalta ainda que a questão referente à proibição do glifosato no Brasil ainda não refletiu de forma exacerbada no mercado internacional, mas que esse fator já gerou certo desconforto e é um assunto que pode ganhar peso nos próximos dias.