Mais um capítulo da guerra comercial entre EUA e China afeta cotação da soja, mas fundamentos técnicos podem consolidar US$9,00

Publicado em 01/08/2018 17:52
Depois que o governo americano anunciou que a nova tarifação de US$ 200 bi em produtos chineses pode ter percentual elevado de 10% para 25%, soja em Chicago devolveu parte dos ganhos da sessão anterior
Michel Vieira de Andrade - Estrategista de Mercado da AgRural

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Entrevista com Michel Vieira de Andrade - Estrategista de Mercado da AgRural sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Michel Vieira de Andrade, estrategista de mercado da AgRural, conversou com o Notícias Agrícolas nesta quarta-feira (01) para destacar as tendências do mercado da soja em Chicago, bem como a dinâmica da comercialização no Paraguai - já que ele tem base em Hernandarias, no Alto Paraná.

Hoje, o mercado na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalhou com 17 pontos de queda nos principais vencimentos, devolvendo parte dos ganhos da sessão anterior. Andrade aponta que a notícia de que os Estados Unidos estudam elevar a tarifação de 10% para 25% sobre os produtos chineses trouxe um mau humor para o cenário.

Contudo, apesar desse mau humor, ele lembra que o fechamento de julho esteve acima de US$9/bushel, de forma que, mesmo com o recuo de hoje, espera-se que o mês de agosto traga certa firmeza para as cotações.

Agosto, na visão do estrategista, pode reservar boas notícias, mas o produtor deve estar atento nos próximos dias e nas próximas semanas. Dá para "ter calma, esperar um pouco", mas "não podemos dormir no ponto. Apareceu uma oportunidade, não deixe de participar", ressalta.

Ele relembra que, no Paraguai, as negociações são feitas em dólar, de forma que estas não sofrem os mesmos efeitos do Brasil, que é beneficiado pela alta do câmbio e pelos prêmios quando a CBOT está em queda.

Entretanto, o Paraguai se tornou um fornecedor de soja para a Argentina neste ano, já que o país vizinho sofreu uma quebra de mais de 20 milhões de toneladas. Foram 3,5 milhões de toneladas exportadas e espera-se chegar a 5 milhões, levando em consideração uma produção total de 10 milhões de toneladas.

O calendário dos paraguaios é semelhante ao dos brasileiros. Se o clima ajudar, o plantio já deve ter início no final de agosto. A diferença é que os produtores possuem uma facilidade grande para a importação, o que traz uma importante colaboração para o uso de novas tecnologias nas lavouras.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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