Negócios com a soja no Brasil estão voltando aos poucos e prioridade são para vendas para setembro com preços acima de R$ 90/sc
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Entrevista com Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado sobre o Mercado da Soja
Nesta quarta-feira (4), em função do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos, o mercado se viu sem a referência da Bolsa de Chicago (CBOT) para a soja. Contudo, há uma melhora no mercado interno brasileiro, mesmo que pouco significativa no momento.
Luiz Fernando Gutierrez Roque, analista da Safras & Mercado, lembra que na sexta-feira (6) entra em vigor a tarifação dos produtos chineses, de forma que a retaliação para a soja americana pode ocorrer em sequência. Dessa forma, o mercado segue em compasso de espera.
Há um pessimismo crescendo em cima da questão comercial entre os Estados Unidos e a China que traz um mau humor no mercado mundial como um todo. O dólar ganha valor frente a outras moedas e o mercado espera por novidades - e a tendência é que elas não apareçam de fato.
Se a tarifação ocorrer, haverá um impacto sem precedentes para a soja norte-americana. A CBOT, por sua vez, tem um fundo histórico de US$8,40/bushel, já que, a partir desse valor, o Governo entra com subsídio para o produtor local. O último teste desse piso foi há dez anos.
Os brasileiros viram, neste momento, uma janela para as oportunidades. Os prêmios estão elevados na região portuária e as negociações ocorrem por volta dos R$90.
Por outro lado, a indefinição dos fretes atrapalha o mercado. O maior ritmo de negócios ocorre para os meses de setembro e outubro. Existe uma necessidade grande de deixar claro qual será o preço mínimo para a fluidez maior dos negócios.