Pressão continua e soja tem mais um dia de queda em Chicago. Mercado pode registrar correção,mas retomada da alta é mais difícil
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Entrevista com Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Nesta quinta-feira (14), o mercado de soja encerrou o dia na Bolsa de Chicago (CBOT) com quedas na casa dos oito pontos nos principais vencimentos, cada vez mais distante do melhor momento de negociação neste ano.
Luiz Fernando Gutierrez Roque, analista da Safras & Mercado, avalia que há uma falta generalizada de novidades, de forma que o mercado segue olhando para a questão da falta de solução na guerra comercial dos Estados Unidos com a China e para o bom desenvolvimento da safra norte-americana.
A demora em uma resolução na guerra comercial leva os especuladores a acreditar em uma efetiva taxação. Se até amanhã (15) as negociações não avançarem, novas tarifas serão impostas sobre produtos chineses, o que pode gerar uma resposta negativa por parte dos asiáticos.
A soja mais barata pode fazer, contudo, que os fundos especuladores voltem à ponta compradora e façam uma posição mais longa. Porém, um retorno ao movimento de alta dependeria de alguma definição.
No Brasil, o dólar encerra o dia na casa dos R$3,80. Contudo, o cenário interno permanece inalterado, já que o mercado se encontra "bagunçado". As questões envolvendo a greve dos caminhoneiros fizeram com que tanto compradores quanto vendedores não estejam conseguindo precificar esse movimento.
Assim, nem se os produtores quisessem eles conseguiriam ter possibilidade de venda neste momento. Do lado do dólar, Roque lembra que o Governo indicou que, a partir de R$3,80, irá entrar com swaps cambiais para que o mercado fique um pouco mais confortável.