Chicago tem potencial para bater os US$12,00, caso demanda volte aos EUA e enxugue estoques e clima comprometa safra americana
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Entrevista com Marcos Araújo - Analista da Agrinvest sobre o fechamento de mercado da soja
A terça-feira (22) foi mais um dia positivo para as negociações da soja na Bolsa de Chicago (CBOT), com altas por volta de cinco pontos nos principais vencimentos.
Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest, destaca que este fator pode ser reflexo das negociações positivas entre Estados Unidos e China. Contudo, os relatórios de vendas semanais, que serão divulgados na quinta-feira, devem ser observados para ver se a China realmente superou a animosidade.
A China, contudo, sinalizou alguns progressos para que este fator fique no passado, ainda mais porque o país asiático teria muito a perder com a falta dessas negociações. No último trimestre, o país foi mais ativo nas compras direcionadas ao Canadá.
Os asiáticos ainda contam com uma margem de esmagamento menor e uma margem de prejuízo na suinocultura, o que tem diminuído os apetites das importações a curto prazo. Este fator já surte efeitos nos prêmios brasileiros, que seguem mais limitados do que anteriormente.
A área de soja no Brasil deve aumentar até 1,5 milhão de hectares para a próxima safra, nas previsões de Araújo. Com clima normal, não só o Brasil como os outros players da América do Sul devem aproveitar os preços da safra nova. Este movimento, segundo ele, não seria arriscado por conta do crescimento do consumo mundial.
O milho, por sua vez, deverá ter uma quebra de 3 milhões de toneladas no Paraná e de 1,5 milhão nos outros estados. O milho safrinha plantado após 10 de março poderá sofrer os efeitos da geada, com grandes danos.
Desta forma, levando em conta que a área de milho verão já se encontra reduzida, o Brasil corre o risco de enfrentar um problema de abastecimento do cereal.
Confira a entrevista e a análise completa de Araújo no vídeo acima.