Cenário de oferta apertada para soja e milho no Brasil aponta para boas oportunidades de preços para o produtor

Nesta sexta-feira (11), o mercado da soja teve um dia negativo na Bolsa de Chicago (CBOT), com quedas de 17 a 18 pontos nos principais vencimentos. O contrato julho/17 encerrou próximo dos US$10/bushel.

Marcos Araújo, analista da Agrinvest, destaca que nesta semana de "agenda cheia", com divulgação de dados da Conab e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado passou a ter uma incerteza sobre a exportação de soja dos Estados Unidos para a China, o que gera uma pressão negativa nos preços.

Além disso, o bom progresso de plantio de soja em terras norte-americanas, com melhora do clima, também pesou do lado negativo da balança, somando alguma influência com o dólar e com a movimentação do petróleo.

Há três semanas, a China não tem comprado soja dos Estados Unidos, direcionando suas compras para a América do Sul e para o Canadá. Por outro lado, os asiáticos também vêm acabando com sua reserva de milho para ter sua própria fonte de proteína vegetal, fazendo com que os estoques do governo chinês caiam drasticamente.

A partir do próximo mês, a CBOT deverá trazer prêmios climáticos, já que os Estados Unidos possuem o compromisso de garantir uma safra cheia. Mesmo com boas condições, os estoques finais tendem a cair para a próxima temporada e o mercado deve cobrar a grande quebra na Argentina.

O analista também divulgou alguns dados relativos à oferta e a demanda da soja e do milho para esta safra e para a próxima no Brasil. Confira: