Com clima mais favorável ao plantio e demanda fraca pelo produto americano, soja em Chicago ainda pode recuar mais 20 pts
Nesta sexta-feira (20), o mercado de soja teve mais uma sessão de queda na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com o analista Jack Scoville, da Price Futures Group, alguns fatores como a demanda mundial elevada e o clima norte-americano em um melhor cenário estão sendo responsáveis por essa tendência.
A partir de quarta-feira (18), as condições começaram a ficar benéficas para o cinturão dos Estados Unidos, fazendo com que os trabalhos de plantio possam ser retomados. Anteriormente, um frio intenso vinha impedindo que os produtores entrassem nos campos e gerava especulação de uma maior área indo para a soja.
Há uma incerteza, contudo, em relação ao tamanho da safra norte-americana neste momento. A volta da demanda para os Estados Unidos seria um fator capaz de sustentar os preços - espera-se, assim, que o país tenha potencial para manter o ritmo de 2 milhões de toneladas exportadas por semana.
A guerra comercial com a China, entretanto, é um complicador para que essa expectativa seja cumprida. Para Scoville, os Estados Unidos deverão se tornar a última opção para as compras, perdendo espaço para o Brasil e outros países como Argentina, Canadá e Rússia, bem como para os países africanos que recebem investimento asiático.