Soja como pivô da retaliação da China contra EUA pode promover uma queda muito forte nos preços internacionais
Segundo informações da Reuters, há possibilidade de as autoridades chinesas aplicarem medidas de retaliação sobre a soja norte-americana após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentar a tributação sobre o aço e o alumínio.
Como aponta Ginaldo de Sousa, diretor da Labhoro Corretora, essa situação pode ser boa para o Brasil a médio e a longo prazo, mas a curto prazo não é bom, já que uma retaliação derrubaria a Bolsa de Chicago.
Sousa também acredita que os chineses são comedidos e que isso não ocorreria do dia para a noite - mas que, caso haja uma decisão a ser tomada, a soja deve ser a protagonista.
Posteriormente, uma relação comercial bem maior poderia se costurar entre brasileiros e chineses. Mas a China continuaria dependente dos norte-americanos, já que o excedente para a exportação local não atenderia toda a demanda dos asiáticos. Sousa também aponta que o Brasil não possui referência para negociar commodities agrícolas em bolsa própria.
Do lado do mercado, ele lembra que a queda na Argentina já foi precificada e agora, a não ser que apareçam novos fatores no horizonte, o mercado deve se manter estável - de forma que os produtores devem aproveitar as altas.