Soja tem produtividade na casa das 70 scs/ha em Luís Eduardo Magalhães nas primeiras colheitas; previsão de mais chuvas preocupa
Na região de Luís Eduardo Magalhães/BA, os produtores rurais estão satisfeitos com andamento da colheita da safra 2017/18 da soja. No entanto, as condições de chuvas generalizadas podem prejudicar a continuidade dos trabalhos de campo.
De acordo com a presidente do Sindicato Rural do município, Carminha Missio, os agricultores estão preocupados com o excesso de chuvas, já que podem prejudicar a produção de sementes de soja. “Já que as primeiras colheitas, o produtor guarda para ele mesmo e até para quem multiplica as sementes. E acabada comprometendo a armazenagem para o próximo ano”, destaca.
Com as primeiras colheitas, a média de produtividade na localidade está em torno de 60 a 70 sacas do grão por hectare. Segundo a liderança, a falta de luminosidade comprometeu o rendimento das lavouras no ciclo passado. “As propriedades que tiveram o abortamento de vagens devido a pouca luminosidade. Nesta temporada, essas áreas podem ter baixa produtividade”, afirma.
Nesta safra, os produtores rurais investiram em tecnologias e aumentaram o rendimento das lavouras. Porém, nas safras passadas em virtude do restrito acesso ao crédito, muitas áreas reduziram os investimentos em tecnologias.
Na seqüência da colheita da soja, alguns produtores vão fazer o investimento no cultivo do milho safrinha. No entanto, a grande parte investe em outras culturas como o sorgo, milheto e pastagens. “Aqui na Bahia, é um pouco diferente do Mato Grosso, pois os produtores investem de maneira mais diferenciada”, diz a liderança.
Comercialização
Nos últimos dias, as referências para a soja aumentaram devido à estiagem na Argentina. “Os contratos de dez dias atrás giravam em torno de R$ 60,00 a saca da soja disponível e negociações futuras até R$ 70,00 a saca. É uma alta significativa para os preços”, afirma.
Mulheres no Agro
No dia Internacional das Mulheres, a liderança reforçou que existe um universo de mulheres que estão mudando o conceito de trabalho no agronegócio. “Antes o setor era exclusivamente masculino, e hoje, as mulheres estão envolvidas com muito profissionalismo e discernimento. Por isso, eu fico muito orgulhosa de ver que a cada dia tem mais mulheres trabalhando no campo”, finaliza.