Paraguai: Colheita da soja está 10 dias atrasada na região de Ypehú em função do excesso de chuvas; qualidade é prejudicada

Publicado em 05/03/2018 11:15
Soja que permanece no campo já está perdendo qualidade, peso e os descontos são bastante elevados na hora da comercialização por conta do elevado teor de umidade. Atraso na colheita - aliado a preços baixos - deve reduzir consideravelmente área de safrinha de milho e demais culturas de entressafra.

No Paraguai, as condições climáticas não estão contribuindo com o andamento da colheita da soja, visto que os trabalhos de campo já estão atrasados em 10 dias. Na região de Ypehú, os produtores rurais estão preocupados com perda de qualidade das oleaginosas.

De acordo com o produtor rural do município, Neivo Fritzen, as máquinas agrícolas não conseguem trabalhar com toda a capacidade devido ao solo alagado. Em função dessa situação, já é possível falar em quebra de produtividade.

“Eu acredito que a perda de produtividade será em torno de 3.800 hectares, por conta das chuvas está um pouco abaixo da expectativa inicial e muito parecida com a safra anterior”, afirma.

Devido aos atrasos no plantio da soja no início da temporada, a atual safra da soja será 15% menor que a do ciclo anterior. Além disso, com a soja ardida e perdendo peso os descontos vão prejudicar os agricultores nas negociações. “É importante esclarecer que esse problema não é generalizado, e sim, pontual”, destaca.

 Confira imagens das lavouras na região:

Comercialização

Em relação à comercialização, o produtor saliente que os preços estão melhores do que o ano anterior, já que as negociações estão por volta de US$ 300,00 por tonelada. “Neste ano, as referências estão por volta de US$ 330,00 por toneladas, em que as cotações estão 10% maior. Boa parte da atual safra já foi negociada, pois remuneram o agricultor”, ressalta.

Milho Safrinha

Após a colheita da soja, os produtores planejam a redução de área cultivada com todas as culturas, principalmente do milho safrinha. Isso porque, a janela ideal de plantio está comprometida e o baixo preço que não cobrem os custos de produção.

“Os preços para o milho estão por volta de US$ 100, 00 por tonelada e depois aumentou para US$ 115,00. As referências nestes patamares não remuneram os produtores e dependendo da região não cobre os custos de produção”, finaliza Fritzen.

Por: Carla Mendes e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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