Produtores do Oeste da Bahia estão vencendo a ferrugem com união e organização
No Oeste da Bahia, os produtores estão preocupados com as incidências de ferrugem asiática, visto que o clima tem contribuído para a proliferação da doença. Em contrapartida, a região enfrentou uma escassez hidrica por cinco anos.
De acordo com o Diretor de grãos do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães, Celito Eduardo Breda, a eficiência de alguns fungicidas já não é mais eficaz como há dois anos. “Por isso, nós temos uma preocupação a mais para está temporada”, destaca.
À medida que se têm a confirmação de doenças de fim de ciclo, os trabalhos de campo vão sendo realizados com o apoio dos programas fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ADAPA), que oferecem cursos de capacitação aos agricultores.
“Durante as reuniões são feitas visitas nas lavouras para fazer os tratos culturais. Nós precisamos colocar mais fiscais para incentivar as boas práticas de manejo”, diz Breda.
Confira imagens das lavouras:
Planejamento
Em relação ao planejamento, o diretor destaca que, diversas lideranças estão definindo os calendários para a próxima safra, na qual o vazio sanitário da soja passará a ser de 99 dias. “Não foi fácil chegar a esse consenso, e foi decido que o vazio vai começar no dia 1 de julho e o plantio vai ser liberado o plantio a partir do dia 8 de outubro”, afirma.
Lavouras
Na localidade, parte das lavouras de soja apresentam boas condições de desenvolvimento, em que foram feitas quatro aplicações de fungicidas. As perspectivas de produtividade das variedades precoces é de 70 sacas do grão por hectares. Já as variedades de ciclo médio pode chegar acima de 75 sacas/ha.
Em relação ao controle da sanidade das lavouras, Celito saliente que, os produtores precisam ficar atentos ao manejo adequado das lavouras e façam o planjemanto corretamente.
Paraná tem o maior número de focos de ferrugem; há alternativas para o controle da doença
A principal doença que atinge a cultura da soja no Brasil, a Ferrugem asiática, também está causando prejuízo nesta safra. O estado com maior número de focos da doença é o Paraná, com 108 casos até o momento, de acordo com o Consórcio Antiferrugem. Com as condições climáticas altamente favoráveis para o desenvolvimento, a evolução da ferrugem está sendo rápida no Estado, assim como o aumento da severidade de danos nas lavouras. No entanto, além do manejo adequado, a biotecnologia incorporada às sementes de soja é umas das principais aliadas do produtor rural, principalmente em ano com forte pressão da ferrugem.
O Brasil e países vizinhos que também sofrem com o problema, como o Paraguai, podem contar com cultivares de soja com a Tecnologia Inox®, desenvolvida pela Tropical Melhoramento & Genética – TMG, empresa brasileira de melhoramento genético de soja e algodão. Com o gene de resistência à ferrugem presente nas variedades Inox®, a segurança na lavoura é maior. O produtor continua realizando as aplicações da mesma forma que faz em lavouras com cultivares suscetíveis à doença, mas a diferença é que aliando a tecnologia com o controle através dos fungicidas, as chances de obter resultados melhores aumentam significativamente.
“Todo ano é um ano atípico e nessa safra as condições climáticas dificultaram o manejo correto com fungicidas, em razão do período mais chuvoso em janeiro. E é aí que entra a segurança da Tecnologia Inox®, pois quando há atraso no controle químico, a genética mantém a sanidade da lavoura até o momento de dar continuidade ao manejo da doença, sem que a lavoura seja rapidamente tomada pela ferrugem”, explica Sérgio Luiz Marchi, supervisor de Desenvolvimento de Mercado da TMG