Em Doutor Camargo (PR), soja já tem perda consolidada com queda das vagens
Na região de Doutor Camargo/PR, a queda das vagens tem sido uma das principais preocupações dos produtores rurais de soja nesta temporada 2017/18. Diante desse cenário, a perspectiva é de redução do rendimento das lavouras, visto que já tem perdas consolidadas.
“Tudo depende do clima, por isso que tem monitorar todos os dias para ver o que vai acontecer. Aqui na região tem perdas, porém ainda não dá para saber quanto será esse percentual, já que em anos normais chega atingir 80 scs/ha”, explica o produtor rural, Ildefonso Ausec.
No entanto, o abortamento das vagens está ocorrendo em decorrência das sombras e umidade. Ontem, fortes ventos foram registrados e que acamando as lavouras das oleaginosas. “Deitou bastante, a soja que estava com 1 metro e agora está com 30 cm. Vamos torcer para dar um vento e levantar de novo”, ressalta.
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Confira as imagens das lavouras de soja:
O aparecimento de doenças de fim de clico também é um problema para os agricultores, pois acaba encarecendo os custos de produção. O produtor afirma que os produtores que não aplicaram corretamente os fungicidas o problema será maior por conta da incidência de antracnose e mancha alvo. A expectativa é que a concentração da colheita fique entre os dias 15 a 20 de fevereiro.
Contudo, os agricultores da região têm um seguro agregado ao financiamento, mas acaba não sendo viável. “O seguro só funciona se for perda total. No caso de queda de produção, o seguro não funciona”, diz o produtor.
Comercialização
Na localidade, os custos de produção e a rentabilidade causam apreensão por parte dos produtores. Atualmente, os preços de lousa da soja estão por volta de R$ 62,00 a R$ 63,00 a saca. Para o milho, os valores giram em torno de R$ 23,00 a saca.
Safrinha de milho
O planejamento da safrinha de milho não ficará comprometido, isso porque a compra dos insumos foi feito no início da temporada. Por outro lado, terá uma redução nos investimentos em tecnologia, devido aos altos custos de produção. “Provavelmente, 70% dos agricultores vai reduzir no uso de tecnologias e vai afetar lá pra frente”, finaliza.