Com clima irregular, perspectiva é de queda na produtividade das lavouras de soja em Mbaracayú, no Paraguai
O produtor Fábio Rogério Graeff, de Mbaracayú, Alto Paraná, no Paraguai, conta que a safra do país veio com um início complicado, já que o plantio começou com irregularidade de chuvas: o mês de setembro foi seco e com volumes abaixo da média. As lavouras mais tardias, plantadas no final de setembro e no início de outubro, contaram com um bom desenvolvimento, mas aguardam a volta das chuvas na próxima semana para um bom andamento dos cultivos.
Graeff plantou sua área de 157 hectares em 26 de setembro. O plantio foi feito "no seco", mas a chuva veio e a soja germinou uniformemente. Agora, essa área começa passa pelo período de início de formação de vagens e enchimento de grãos, fase que irá demandar "muita água", como salienta o produtor.
A região não deve ter, contudo, a mesma produtividade atingida no ano passado, em função das intempéries climáticas. O La Niña também é uma preocupação constante dos produtores, já que o clima do país acompanha o Sul do Brasil.
A colheita na área de Graeff deve ocorrer no final de janeiro, mas a região já conta com parcelas dessecadas para iniciar a colheita na próxima semana.
Atualmente, os preços giram em torno de US$19 a saca na região, valor que depende do rendimento das lavouras para garantir ou não margem positiva aos produtores.