A chegada ao mercado de novos produtos com multissítios na formulação vai facilitar o manejo da resistência da ferrugem na soja

Publicado em 13/12/2017 10:52
Importante respeitar as doses, os intervalos de aplicação e o uso de fungicidas multissítios nas lavouras Condições favoráveis para a propagação da ferrugem na soja exigem maior atenção no controle ao longo da safra

Luis Henrique Carregal, professor de fitopatologia da Universidade de Rio Verde, conversou com o Notícias Agrícolas sobre os novos alertas para o controle da ferrugem, já que a safra atual traz características diferentes da anterior.

Nesta safra, houve o atraso das chuvas e Rio Verde (GO), assim como outras áreas no país, teve seu período de semeadura estendido. Com soja plantada em outubro e soja recém-semeada, a probabilidade do aparecimento da ferrugem é maior.

As condições ambientais, com chuva todos os dias, também formam um cenário favorável a esta e a outras doenças de final de ciclo. Segundo Carregal, é provável que a ferrugem seja detectada nos próximos dias.

Como os produtores ficaram três anos sem a doença no estado, este fator causou um "relaxamento natural", o que implica no aumento de riscos. Ele recomenda que o controle seja feito respeitando doses, intervalos de aplicação e o uso de fungicidas multissítios nas lavouras.

O novo grupo que vem sendo utilizado para combater as doenças, as morfolinas, deve ter um cuidado especial. Ele é recomendado mais tardiamente, quando o fungo já está presente na planta - logo, o risco de resistência é alto. O uso de multissítios, neste caso, também é fundamental.

Carregal lembra ainda que novos produtos vêm chegando ao mercado já com multissítios na formulação. Ele ajudou na formulação de um desses produtos, desenvolvido pela UPL, que ele classifica como "extremamente seguro" e com "ativos balanceados".

Além das aplicações, o professor ressalta que as recomendações de obedecer o vazio sanitário, não fazer o plantio de soja safrinha, eliminar a soja guaxa e optar por variedades precoces também são boas medidas preventivas.

 

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Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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