Atraso na primeira aplicação de fungicida traz prejuízo de R$ 40,00/ha por dia

Publicado em 10/11/2017 15:55
O melhor controle da ferrugem asiática está na comunicação, diz Ricardo Balardin - Professor da Universidade Federal de Santa Maria

O professor Ricardo Balardin, da Universidade Federal de Santa Maria, alerta para a necessidade de comunicação como principal agente contra a ferrugem na safra 2017/18. Ele destaca que o produtor, enquanto gestor de um negócio, tem que ter informações que permitam que ele tome as melhores decisões e execute o processo.

Com isso, as alternativas e soluções também podem vir adaptadas em cima do que o produtor já realiza na sua lavoura. As informações, portanto, devem ser "completas o suficiente" para que essa decisão seja satisfatória.

Assim, ele defende a necessidade de um aumento da extensão rural. Há, hoje, um nível muito alto de informação por parte da indústria e um nível baixo do lado governamental, o que pode gerar dificuldades nessa comunicação. Balardin salienta que as instituições têm de manter um crescimento de atividade e que o desenvolvimento dessa cadeia precisa ser acelerado pelo investimento na educação.

A ferrugem também têm sido impulsionada por algumas falhas que estão presentes no campo, relacionadas ao início da aplicação, à escolha de produtos, de cultivares e da dose a ser utilizada. Isso faz parte de todo um contexto no qual a tomada da decisão não é totalmente voltada para o controle da doença, o que leva um erro a prejudicar outros produtores e vice-versa. Como observa o professor, muitos trabalhos vêm sendo realizados com uma "subdose" do produto, aquém do necessário.

Ele destaca também a importância de realizar a aplicação dos produtos no começo da safra, respeitando uma janela de 20 a 30 dias após a emergência, dependendo do local e da época de cultivo. Contudo, uma aplicação após 20 dias é garantida para qualquer cenário. De acordo com cálculos realizados por Balardin, os produtores podem perder R$40 por hectare a cada dia de atraso na aplicação.

Por: Daniel Olivi e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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