Consultor alerta que alta do dólar e cotações com níveis próximos a US$ 10,00/bushel para o contrato maio, garantem boa renda

Publicado em 09/10/2017 18:07
Nos atuais patamares, rentabilidade da soja chega próxima da registrada nas últimas 2 safras. Margem bruta (Ebtida) de mais de 40% para regiões sul e sudeste e quase 30% para região de cerrado
Confira a entrevista com Carlos Cogo - Consultoria Agroeconômica

Após trabalhar do lado negativo durante boa parte do dia, a soja encerrou em queda na Bolsa de Chicago (CBOT), com a posição se revertendo ao final do pregão.

De acordo com Carlos Cogo, da Consultoria Agroeconômica, a queda nos preços não tem nenhuma motivação especial. A CBOT precifica o final de um mercado climático nos EUA, com a previsão de um clima menos úmido no meio-oeste, que pode facilitar a colheita.

Por outro lado, a falta de chuvas que segue influenciando algumas das regiões produtoras no Brasil é um limitante para as baixas. A situação do mercado, entretanto, é mais favorável para os produtores brasileiros, já que o dólar se aproxima dos R$3,20.

Nos últimos meses, a demanda se apresenta bastante firme. Os Estados Unidos vêm exportando volumes recorde, ao mesmo tempo em que o Brasil também bateu recordes mensais e anuais de janeiro a setembro. Em contrapartida, o atraso da safra brasileira pode implicar em alguns problemas de produção, bem como os 3 milhões de hectares afetados na Argentina.

Diante deste cenário, Cogo visualiza uma expectativa de melhores preços no mercado. Ele acredita, contudo, que as altas dos últimos dias poderiam ter sido aproveitadas pelos produtores por se tratar de um "momento ímpar", no qual os prêmios estavam atrativos para as negociações futuras, com tradings tendo dificuldade de originar contratos novos.

O ano de 2017 não deverá ser de um clima semelhante à 2016. Há consenso sobre grandes possibilidades de chuva durante a colheita, além de problemas de plantio irreversíveis na Argentina.

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Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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