Com menor rentabilidade e resultados limitados pelo preço da soja, nova safra em MT não tem margens para erros
O vazio sanitário do Mato Grosso se encerrou no último dia de 15 de setembro. Entretanto, Paulo Ozaki, gerente de projetos do IMEA, destaca que a atual situação foi de pouco avanço no plantio nesta primeira semana, quando geralmente são semeados em torno de 50 mil hectares.
Contudo, as condições climáticas não são favoráveis para que a semeadura seja realizada neste momento na maior parte das regiões. Aqueles produtores que possuem irrigação já iniciaram seu plantio. Uma pequena parcela iniciou sem a irrigação.
As estimativas para esta safra 2017/18 são de um aumento de área e de uma produtividade de soja um pouco menor, na casa dos 30,5 milhões de toneladas - contra 31,2 milhões de toneladas da safra passada. A média de rentabilidade deve ficar em torno de 54 sacas por hectare, contra 55 sacas do ano passado. Por sua vez, o custo de produção está em R$2800 por hectare, contra R$3200 do ano passado, em função de um dólar mais baixo.
O dólar favoreceu o custo de produção, mas desfavoreceu a receita. Os preços giram em torno de R$54,40 no estado, enquanto o mesmo período de 2016 trazia preços a R$70.
Com esse cenário em vista, Ozaki recomenda cautela ao produtor matogrossense, embora esta safra deva ser estável. Alguns pontos de atenção devem ser a comercialização e as demais oportunidades do mercado.
De acordo com o histórico, as chuvas no estado se iniciam entre o final de setembro e início de outubro.