Mercado da soja em Chicago tem pouca oscilação com investidores se posicionando para relatório do USDA desta terça-feira (12)

Publicado em 11/09/2017 17:03
Com pouco impacto do clima e sem grandes expectativas de mudanças na produção americana, mercado da soja em Chicago espera por novidades do plantio na América do Sul

Camilo Motter, analista da Granoeste Corretora de Cereais, destaca que o mercado da soja passou por um dia típico pré-relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta segunda-feira, com o mercado se posicionando para receber números que não devem trazer novidades em relação às expectativas.

Na avaliação do analista, o mercado já entendeu que, pelas condições de safra, os números estão superavaliados. A expectativa é de que haja um corte de produção em torno de 2 milhões para a soja e em torno de 3 a 4 milhões para o milho, números que são mais próximos da realidade da evolução das lavouras.

Para haver uma movimentação mais significativa nos preços, as estimativas de produção precisariam estar abaixo de 115 milhões de toneladas para um mercado altista e acima ou iguais às do relatório anterior para uma maior pressão no mercado.

Os fundamentos voltaram a ganhar força. O clima para o milho já está descartado, fora problemas posteriores na colheita. Na soja, as lavouras tardias ainda podem sentir seca ou geadas antecipadas, com alguns focos de estiagem ao norte. Houveram poucos danos em soja e milho em função dos furacões Harvey e Irma, sendo o algodão a cultura mais afetada. Agora, o clima para o plantio na América do Sul começa a entrar em jogo. A demanda chinesa continua forte e deve ser positiva, apesar da postura de compras estar alinhada com o que ocorre na temporada.

No Brasil, os produtores apresentam uma expectativa positiva para os preços, o que não se configurou até agora. As cotações giram em torno de R$60 e o câmbio caiu a R$3,10. Agora, as expectativas giram em torno da questão climática no Brasil, tendo em vista que as chuvas devem atrasar. Motter recomenda o produtor a vender a produção da safra velha caso tenha de honrar compromissos.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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