Chicago sobe pelo quarto pregão seguido e produtores brasileiros devem aproveitar para vender soja disponível
O mercado da soja teve mais uma sessão de alta na Bolsa de Chicago (CBOT), com ganhos de 2 a 3 pontos nos principais vencimentos. Como detalha Flávio França Jr., analista de mercado da França Jr. Consultoria, "parece que o mercado está dando um último suspiro antes de uma pressão natural que deve vir com o início da colheita" nos Estados Unidos, cuja safra já está definida em termos de produtividade.
Em termos de clima, "não tem mais espaço para grandes reviravoltas". O mercado encontra um suporte momentâneo em cima de uma demanda sólida e também sobre a incidência do Furacão Irma, já que as previsões estão confusas a respeito de seu funcionamento.
Desde sexta-feira (1), a combinação de um petróleo em alta e um dólar em baixa também trouxe um forte movimento de compra por parte dos fundos de investimentos, marcando o retorno dos investidores à ponta compradora.
Graficamente, foi quebrada uma tendência de baixa, mas os fundamentos não permitem uma tendência de alta sólida, tendo em vista o grande volume da safra norte-americana.
No Brasil, França Jr. acredita que é momento de participar, mesmo diante de uma redução do dólar. Ainda há muita soja da safra velha a ser vendida, especialmente nos estados do Sul. "Esperar uma nova reviravolta de Chicago ou do câmbio não está fácil nesse momento", diz.
A tendência é que a América do Sul tenha um novo aumento de área de soja, o que pode trazer um ano de margens apertadas se este fator for somado a uma safra cheia.
França Jr. irá ministrar diversos cursos a respeito do mercado da soja em várias cidades do país. Confira mais informações no site: www.francajunior.com.br