Calor no norte do cinturão americano, furacão, dólar em queda, petróleo em alta e demanda forte ajudam soja a subir em Chicago
Miguel Biegai, analista de mercado da OTCEx Group, em Genebra (Suíça), destaca que a força positiva do mercado da soja na abertura de hoje é decorrente de alguns fatores altistas, como a desvalorização do dólar, a ocorrência de calor e poucas chuvas previstos para algumas regiões ao norte dos Estados Unidos, compras aceleradas por parte da China e o início de um novo furacão no Golfo do México, podendo trazer preocupação para a fase de colheita do sul norte-americano.
Este calor no norte do cinturão traz esse tom altista para o mercado porque o período de desenvolvimento vegetativo das lavouras ainda precisa de um pouco mais de chuvas, enquanto as principais regiões estão em boas condições.
O mercado também reage à queda de preços, uma vez que este movimento leva a uma demanda mais expressiva. Já a formação de um novo furacão traz apenas especulações para o mercado neste momento, já que não é possível quantificar os estragos que podem ocorrer durante o trabalho de colheita nas regiões a serem atingidas.
Biegai acredita que o mercado está ganhando força para se manter altista ao longo da semana. De acordo com o gráfico demonstrado pelo analista, as cotações tendem a cruzar o limite e entrar em uma tendência de alta.
Ele acredita que, quando o mercado está em alta, é bom que os produtores aproveitem o momento para vender um pouco de sua produção, mas que o ideal seria vender e comprar uma participação de alta por meio de uma operação de call na Bolsa de Chicago.