No Maranhão, baixa rentabilidade pode afetar investimentos na safra de verão
José Carlos Oliveira de Paula, presidente da Aprosoja Maranhão, conta que ainda há uma média de 30% da produção de milho safrinha no estado para ser colhida, com uma média de produtividade de 50 a 60 sacas por hectare.
Esse rendimento, considerando a safrinha curta, é satisfatório para os produtores. Era aguardado um maior volume, mas acredita-se que a recompensa virá com os preços.
Neste momento, os preços giram em torno de R$18 a R$19 na região. Os produtores estão aguardando uma melhora, já que estes patamares não são suficientes para fechar as contas. Mais da metade da produção ainda precisa ser comercializada no estado.
Os produtores investiram mais nesta safra, com tecnologias, sementes de qualidade e solo. Entretanto, o problema de renda é generalizado.
Para a safra de verão, são aguardados preços melhores. Algumas traders não estão realizando operações de barter. A alternativa dos produtores é ver se conseguem realizar compras a prazo, mas essa conta pode ficar mais cara à frente.
Tanto do produtor quanto de quem realiza a compra do grão, o grande problema do estado é armazenagem. Para a próxima safra, os produtores também não travaram negócios, aguardando por melhores preços também. A média para o mercado futuro está entre R$57 a R$58.