Soja em Chicago encerra abaixo das máximas do dia, mas ainda em campo positivo. Mercado se ajusta ao relatório do USDA
O mercado da soja encerrou positivo na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira (8). Para Marlos Correa, da InSoy Commodities, o foco está nos relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que irão sair na quinta-feira, de oferta e demanda, que criam expectativas para o mercado. Neste momento, o suporte de US$9,60/bushel é mantido.
O mês de agosto é decisivo para a soja e as semanas devem ser movidas em função do clima. Correa lembra que "qualquer semana com um pouco menos de umidade pode segurar um pouco as expectativas de produtividade". Ainda não é possível garantir uma safra cheia, já que a umidade do solo se mantêm baixa e não foi totalmente abastecida. Os produtores falam em uma produtividade em torno de 50 a 55 bushels por acre para a soja, podendo ficar abaixo dos 50 bushels em algumas regiões mais afetadas.
Correa acredita que a safra norte-americana ainda tem espaço para uma boa produtividade e que o aumento da área de plantio pode sustentar uma boa produção final, fatores que estarão também na atenção do mercado. Quanto ao relatório do USDA, ele lembra que o órgão costuma ser mais conservador, devendo manter seus números para a produção de soja, sem criar muita expectativa de mercado.
A demanda também vem conseguindo superar o movimento de queda. A China continua como maior comprador mundial e as grandes produções aumentam de acordo com a necessidade mundial. Logo após a safra norte-americana, a safra sul-americana estará no escopo.
Os produtores brasileiros estão fora do mercado neste momento, aguardando o que o relatório de quinta-feira poderá trazer de novidades para o mercado. O analista aconselha também uma atenção para o volume final norte-americano.