Soja para novembro em Chicago tenta se segurar acima dos US$9,60/bushel de olho nos mapas climáticos

Publicado em 07/08/2017 11:49
Relatório de acompanhamento de safra que será divulgado no final da tarde desta segunda-feira (07) pode apontar para recuperação das lavouras e mercado teria potencial para novas perdas

Miguel Biegai, analista da OTCEx Group, em Genebra (Suíça), explica que a movimentação positiva do mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) na manhã desta segunda-feira (7) pode ser justificada por uma recomposição técnica e pelas chuvas esparsas ocorridas no último final de semana nos Estados Unidos.

Para hoje, estão previstas poucas chuvas e temperaturas altas. Entretanto, com as chuvas expressivas da semana passada, há uma boa umidade no solo ainda presente.

As regiões ainda dependem de chuva e "nem a região leste do cinturão está totalmente salva", como lembra o analista. Se as temperaturas altas dominarem os próximos dias, o mercado climático, que dura até o final de agosto, pode trazer novas altas.

De acordo com os gráficos demonstrados por Biegai, o mercado vem "brigando" com seu último suporte, que é de US$9,60/bushel. Caso o mercado feche abaixo desse patamar, configura uma perda de uma tendência de alta a curto prazo. Para que essa tendência não seja concretizada, o mercado também deve trabalhar na terça-feira (6) abaixo de US%9,60/bushel.

Se houver uma indicação de melhores condições de lavoura feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ao final do dia, o mercado tende a romper essa linha.

No próximo dia 10 de agosto, o USDA irá divulgar seu novo relatório de estoques. Espera-se que o órgão deva subir seu número de exportações, tendo em vista o movimento de vendas da safra velha. Contudo, os embarques não vêm ocorrendo no mesmo ritmo, mas Biegai lembra que ainda há "de três a próximas semanas" para realizar esses embarques, ou que estes sejam feitos depois do início de setembro, alterando as condições dos estoques da próxima safra.

Ainda não há negócios realizados no Brasil no dia de hoje, de acordo com as informações do analista. Os produtores estão reticentes na combinação dos preços de Chicago com os atuais patamares do dólar. Na semana passada, as negociações também foram esparsas.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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