Se confirmadas as chuvas nos próximos sete dias, as lavouras de soja nos EUA se salvam e garantem produtividade de 115 mi/t

Publicado em 02/08/2017 17:47 e atualizado em 02/08/2017 18:21
Produção entre 115 e 116 milhões de toneladas é compatível com preços entre US$ 9,50 e US$ 10,00/bushel em Chicago. Até que demanda volte ao foco do mercado
Confira a entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado

A quarta-feira (2) foi um dia positivo para o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT), com alta de 5 a 7 pontos nos principais vencimentos - recuperando um pouco dos quase 40 pontos de queda do dia anterior.

Vlamir Brandalizze, analista de mercado da Brandalizze Consulting, destaca que o mercado ontem "deu um susto maior do que deveria", já que o leve aumento da qualidade das lavouras divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não tinha força suficiente para a queda expressiva das cotações.

Por isso, mesmo com chuvas e temperaturas mais amenas, o mercado foi técnico e corrigiu para cima, sinalizando que a linha da queda também não é muito grande. A nova janela fica entre RS$9,50/bushel a US$10/bushel, como aponta o analista.

Mudando o índice de lavouras em boa condição, que são 59%, a "cara da produção" também muda em território norte-americano. Hoje, é possível estimar uma safra de 113 a 114 milhões de toneladas, patamares próximos às 115 milhões de toneladas estimadas pelo USDA.

A importação chinesa cresce para 2018 e as demandas brasileira e norte-americana devem crescer. No ano que vem, a soja irá entrar na mistura do biodiesel no Brasil, demandando cerca de 4 milhões de toneladas. Assim, tendo a definição da oferta, a demanda deve voltar a dar o rumo dos preços.

O dólar deverá ter uma condição de alta limitada nos próximos meses. Tanto em relação à moeda americana quanto às cotações em Chicago, o mercado brasileiro tem uma queda de 10%.

Negócios são realizados por volta dos R$71,50 nos portos, enquanto as negociações da safra nova estão lentas. Por outro lado, a queda do dólar favoreceu a relação de troca por insumos.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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