Preço da soja despenca em Chicago com revisão das condições de lavouras nos EUA e clima favorável à produção americana
O mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou com quedas expressivas de até 35 pontos nesta terça-feira (1). De acordo com Jack Scoville, analista de mercado da Price Futures Group, em Chicago (EUA), os boletins do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que trouxeram um aumento de 2% para as lavouras boas a excelentes, totalizando 59%, e a expectativa por melhores chuvas na quarta e na quinta-feira em todo o cinturão norte-americano e temperaturas mais cômodas logo após são alguns fatores que impulsionam a oleaginosa.
Scoville aponta que uma melhora na soja norte-americana depende do clima nas próximas semanas, que precisa ser agradável durante o mês para garantir uma boa produção e produtividade. Estados como Iowa, Nebraska, as Dakotas e o centro de Illinois enfrentam uma condição seca e quente, enquanto Indiana e Ohio enfrentam muita chuva, o que também prejudica as lavouras.
Ele acredita que a produção deve ficar abaixo das 115 milhões de toneladas estimadas pelo USDA e que a produtividade não deve melhorar muito em algumas áreas, mas que o mercado pondera essa possibilidade. Neste momento em que a tendência muda de lado, os especuladores passam a vender.
Na visão do analista, o mercado pode voltar aos patamares de US$9,30/bushel a US$9,40/bushel caso o clima se mantenha estável. Durante as próximas duas a três semanas, o mercado climático ainda deve influenciar as cotações.
Para Scoville, "é bem possível que o melhor momento de preços para a soja já tenha passado", dada a oferta mundial. Assim, ele não acredita em preços de US$12/bushel a US$15/bushel.