Clima segue influenciando mercado da soja em Chicago e nova previsão de chuva fez os preços recuarem na sessão desta segunda
O mercado da soja teve um encerramento negativo na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira (31), com perdas de 5 a 6 pontos nos principais vencimentos.
Eduardo Vanin, analista de mercado, destaca que o clima tem variado bastante, dependendo do modelo, o que faz o mercado oscilar em torno dessas previsões.
Na sexta-feira, haveria um consenso entre os modelos americano e europeu de que não haveria chuvas. No domingo, as previsões já vieram mostrando chuvas para esta semana no oeste do cinturão norte-americano, locais nos quais a seca preocupa.
As noites são mais quentes do que a média para esta época do ano. Para o milho, as perdas em alguns locais já são definitivas. No caso da soja, o mês de agosto é fundamental para mostrar perdas maiores ou uma recuperação das lavouras, não sendo possível determinar o que está definido, como aponta Vanin.
Um mercado a US$10/bushel precificaria um pouco menos de 115 milhões de toneladas de soja para os Estados Unidos. Este valor permitiria o país a ter um estoque de passagem não tão apertado. Porém, o mercado ainda não tem essa informação.
O mercado foca em grande parte na oferta, enquanto a demanda não é vista como principal para a precificação. Quando houver uma noção mais completa da demanda norte-americana, o que deve encerrar juntamente com o mês de agosto, a demanda sairá do foco. As perdas em algumas regiões como as Dakotas, que sofrem com a seca neste momento, podem acabar sendo compensadas por outros estados caso o clima tenha uma melhora.
Em uma semana, a soja já recuperou 2% de lavouras em bom estado de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).