Soja em Chicago encerra no vermelho, mas longe das mínimas do dia. Chuvas do final de semana estimularam realização de lucros
A segunda-feira (24) foi um dia negativo para a soja na Bolsa de Chicago (CBOT), com perdas de 11 a 12 pontos nos principais vencimentos. Entretanto, o mercado encerrou longe das mínimas do dia.
Camilo Motter, analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais, destaca que o mercado encerrou próximo das máximas do dia, após perder 4 a 5 pontos na sexta-feira. Este momento reflete um pouco mais de condição de umidade do que o mercado esperava para as regiões produtoras dos Estados Unidos.
Durante o final de semana, as chuvas foram um pouco maiores do que o previsto. Por outro lado, ainda existem regiões com estiagem e calor excessivo - o problema, portanto, ainda não está sanado.
Análises já trabalham reduções de produtividade tanto para a soja quanto para o milho - resta saber como o clima irá se comportar. Motter aponta que ainda há um longo período pela frente no qual as condições climáticas serão fundamentais. As chuvas de agora ainda não mostram uma condição para safra garantida.
Assim, acompanhar a previsão do tempo será importante. O mês mais importante para a soja é o mês de agosto, que deve ser observado com atenção.
Nessa situação, o produtor brasileiro "recebeu um baque forte", já que o câmbio e Chicago tiveram queda nos preços nos últimos dias. Entretanto, a postura vem sendo bastante realista, como avalia o analista: os produtores participaram com um bom volume nas altas e agora irão vender apenas se houver necessidade de caixa.
"É um ano em que a comercialização é mais lenta pela natureza que o mercado tem oferecendo", diz Motter. "Mas o produtor tem participado quando o mercado abre oportunidades".