Demanda nova para soja americana, dólar em queda no Brasil e temperaturas mais elevadas nos EUA dão sustentação as altas da soja
O mercado da soja teve um dia de reação de preços na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira (14).
Miguel Biegai, analista de mercado da OTCEx Group, em Genebra (Suíça), destaca que as quedas no mercado eram previstas, uma vez que o mercado subiu 130 pontos durante as 12 sessões seguidas de alta.
De acordo com o gráfico demonstrado por ele, o mercado fez um movimento de correção ontem, aproveitando a previsão de chuvas para as áreas produtivas dos Estados Unidos, além de um grande volume de vendas feitas pelos produtores norte-americanos.
Hoje, houve uma alta que trabalhou como correção da queda de ontem, motivada pela demanda existente no mercado e por uma mudança pouco expressiva nos mapas. A queda do dólar frente ao real também impulsionou os números.
Ele diz que não é possível afirmar se o mercado de alta acabou ou ainda está ocorrendo, já que o mercado de clima traz uma volatilidade grande para as cotações.
Há uma troca nas compras da safra norte-americana para a safra sul-americana. As margens de esmagamento na China, que estavam negativas há duas semanas, voltaram a ficar positivas. Assim, há algumas perspectivas diferentes no momento.
Em relação aos mapas climáticos, a região produtora dos Estados Unidos mostra temperaturas acima do normal. Contudo, agora há um novo mapa apontando para chuvas levemente acima do normal - mas, com o calor em maior intensidade do que os níveis pluviométricos, as previsões ainda não são ideais para a safra.
No Brasil, houveram negócios de R$73 até R$74 nos melhores momentos do dia no Porto de Paranaguá. Durante a semana, os negócios chegaram até R$77.
Até quarta-feira, os produtores aproveitaram bem este mercado. Hoje, os preços melhoraram, mas o dólar não auxiliou nas vendas.