Demanda nova para soja americana, dólar em queda no Brasil e temperaturas mais elevadas nos EUA dão sustentação as altas da soja

Publicado em 14/07/2017 16:46
Após realização de lucros, soja em Chicago tem dia de recuperação e continuidade do movimento de alta depende dos mapas climáticos nos EUA
Confira a entrevista com Miguel Biegai - Analista da OTCex Group

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O mercado da soja teve um dia de reação de preços na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira (14).

Miguel Biegai, analista de mercado da OTCEx Group, em Genebra (Suíça), destaca que as quedas no mercado eram previstas, uma vez que o mercado subiu 130 pontos durante as 12 sessões seguidas de alta.

De acordo com o gráfico demonstrado por ele, o mercado fez um movimento de correção ontem, aproveitando a previsão de chuvas para as áreas produtivas dos Estados Unidos, além de um grande volume de vendas feitas pelos produtores norte-americanos.

Hoje, houve uma alta que trabalhou como correção da queda de ontem, motivada pela demanda existente no mercado e por uma mudança pouco expressiva nos mapas. A queda do dólar frente ao real também impulsionou os números.

Ele diz que não é possível afirmar se o mercado de alta acabou ou ainda está ocorrendo, já que o mercado de clima traz uma volatilidade grande para as cotações.

Há uma troca nas compras da safra norte-americana para a safra sul-americana. As margens de esmagamento na China, que estavam negativas há duas semanas, voltaram a ficar positivas. Assim, há algumas perspectivas diferentes no momento.

Em relação aos mapas climáticos, a região produtora dos Estados Unidos mostra temperaturas acima do normal. Contudo, agora há um novo mapa apontando para chuvas levemente acima do normal - mas, com o calor em maior intensidade do que os níveis pluviométricos, as previsões ainda não são ideais para a safra.

No Brasil, houveram negócios de R$73 até R$74 nos melhores momentos do dia no Porto de Paranaguá. Durante a semana, os negócios chegaram até R$77.

Até quarta-feira, os produtores aproveitaram bem este mercado. Hoje, os preços melhoraram, mas o dólar não auxiliou nas vendas.

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Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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