Clima úmido e frio nos EUA afeta milho e gera especulação sobre migração de área para soja. Impacto nos preços ainda é pequeno
Podcast
Clima úmido e frio nos EUA afeta milho e gera especulação sobre migração de área para soja. Impacto nos preços ainda é pequeno
Nesta quinta-feira (4), o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) tem uma dia de encerramento com leves quedas nos principais vencimentos, de 1 a 2 pontos.
De acordo com o analista de mercado Jack Scoville, da Price Futures Group, a demanda pela soja norte-americana e o clima nos Estados Unidos, que provoca perdas no plantio de milho e abre a possibilidade para mais áreas de soja, são alguns dos principais fatores que provocam este movimento.
A demanda de oleaginosa aos Estados Unidos já é menor em relação a semana anterior, mas o volume é significativo para essa época do ano. Os preços se mostram competitivos em relação à Argentina e ao Brasil, mas Scoville lembra que "não é possível que a China compre toda a sua soja nos Estados Unidos".
O mercado chega próximo dos US$9,80 e Scoville já aconselha seus clientes a vender soja, pois com as perspectivas de produção que devem entrar no mercado, é difícil que esses preços fiquem muito mais altos do que os níveis atuais se não houver problema climático.
O plantio do milho nos Estados Unidos, segundo Scoville, está "quase parado". As chuvas afetam estados como Illinois, Indiana, Missouri e Arkansas, dando a possibilidade de ter mais soja plantada e menos milho no Corn Belt. Os produtores perdem produtividade no cereal, mas a soja ainda pode ser plantada com uma produtividade muito boa, como conta o analista.
Para a próxima semana, o cenário pode ser menos chuvoso, mas as características do mês em solo americano trazem chuvas acima do normal e temperaturas abaixo do normal. Assim, o clima ainda pode mexer com os preços em Chicago, tanto para a soja quanto para o milho.