Mercado da soja em Chicago só ficaria acima dos US$10,50/bushel com perdas superiores a 10 mi/ton na safra americana

Publicado em 26/04/2017 17:49
Preços da soja em Chicago tem um suporte importante nos US$9,40/bushel que pode ser rompido se não houver novidades no mercado nos próximos dias
Confira a entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor da Labhoro Corretora

Podcast

Confira a entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor da Labhoro Corretora

 

Download

Nesta quarta-feira (26), o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) teve mais uma sessão de baixa nos preços, com quedas próximas aos 10 pontos nos principais vencimentos.

De acordo com Ginaldo de Sousa, da Labhoro Corretora, os fundos estão vendidos e não há um fato novo e sustentável que possa influenciá-los a mudar suas posições. Ele aponta que, mesmo com a compra dos chineses voltada para o mercado norte-americano, a oferta mundial é abundante - lembrando que há uma safra de quase 185 milhões de toneladas prevista para a América do Sul.

Como os prêmios subiram de R$0,12 a R$0,15 no Brasil, o mercado americano voltou a ficar competitivo e a logística do Pacífico, mais positiva para os Chineses quando comparada aos custos no Brasil e na Argentina.

O clima nos Estados Unidos será fundamental para dar um norte para o mercado. Há previsão de mais chuvas que vem sendo divulgadas nos últimos dias, mas Sousa aponta que essas chuvas, apesar de abundantes nas previsões, não se confirmam. Isso pode ser verificado pelo plantio da safra americana, que segue avançando até o presente momento. O milho tem 17% de plantio, o que é baixo em relação ao ano passado, que tinha 28% nessa época do ano, mas a média histórica é de 18%. A soja, por sua vez, tem 6% de plantio , um número muito acima do que era previsto pelo mercado.

Sendo assim, se houver uma reversão climática em maio e junho, haverá uma reversão dos preços. Mas, por enquanto, Sousa diz apontar com tranquilidade que o clima nos Estados Unidos está correndo bem. Amanhã, será divulgado o Drought Monitor (monitor da seca), que deve apontar a ausência de seca nas áreas agrícolas do país.

O preço de US$9,50/bushel é considerado importante para a formação de preços. Sousa diz que a tendência, quando vista pelo lado fundamental, é baixista. Os produtores no Brasil, por outro lado, não estão vendendo e carregam posições de soja apostando no clima. Esses produtores podem ter ganhos se houver reversão, mas, neste exato momento, o suporte dos US$9,40/bushel pode ser rompido ainda nessa semana se nada de novo acontecer, acredita ele. Ele lembra que uma medida de Donald Trump para baixar os impostos corporativos pode colaborar para isso.

Sousa aconselha os produtores a participar desse mercado em qualquer alta acima dos US$9,55/bushel, cenário que ele acredita ser o ideal para ser vendedor. Para que o mercado volte ao patamar dos US$10/bushel, é preciso que haja uma grande catástrofe na safra americana.

Missão Mulheres do Agronegócio

A Labhoro promove anualmente a missão Mulheres do Agronegócio, que consiste em uma viagem para os Estados Unidos para que as mulheres ligadas ao setor possam conhecer as lavouras e as condições da safra norte-americana em andamento. Neste ano, a missão será do dia 18 ao dia 25 de agosto. Para quem comprar o pacote até o próximo dia 30 de abril, irá se beneficiar com dois dias de extensão.

Acesse o site e saiba mais: www.labhoro.com.br

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Safra de soja do Brasil em 2024/25 estimada em 172,2 mi t, diz Agroconsult
Dólar batendo nos R$ 6,00 traz boas oportunidades de comercialização para soja no Brasil
Plantio da soja passa da metade no Maranhão com boa projeção de produtividade
Clima em Santa Catarina está favorável e plantio da soja avança com perspectivas para uma boa safra 24/25
Soja em Chicago tem leves altas puxadas pelo recuo do dólar index e anúncio de novas vendas americanas
Falta de chuva prejudica o desenvolvimento do plantio da soja em Laguna Carapã/MS
undefined