Cotações da soja podem voltar a entrar no canal de baixa se romperem os US$ 9,40/bushel

Publicado em 17/04/2017 17:04
Motivação viria do clima favorável às lavouras na safra norte-americana
Confira a entrevista de Silvio Alface - Analista da Corretora Socopa

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Silvio Alface - Analista da Corretora Socopa

 

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A segunda-feira (17) foi de quedas de dois a três pontos para o mercado da soja nos principais vencimentos da Bolsa de Chicago (CBOT), na contramão do ritmo de leves altas observados na semana passada. De acordo com o analista de mercado Silvio Alface, da Socopa Corretora, o ritmo foi interrompido por vendas que apareceram depois de um tempo de estabilidade.

Para Alface, também é possível que o mercado não aguente tanto tempo com as cotações em alta, já que o Brasil deve colher cerca de 111 milhões de toneladas e isso deve continuar pressionando as cotações.

Hoje, no Porto de Santos, houveram negócios a R$67. Os produtores estão vendendo, mesmo que não haja o interesse pelo mercado em si, para cumprir seus compromissos a pagar. O dólar, afetado no mundo inteiro, também influenciou as commodities.

Em termos de comportamento de preços, Alface acredita que as cotações podem voltar a entrar no canal de baixa se romperem os US$9,40/bushel. Essa motivação poderia vir com o mercado climático, com o El Niño beneficiando a safra norte-americana, como é previsto por alguns especialistas. No mercado interno, os preços poderiam ser sustentados pelo dólar, o que está difícil de ocorrer em virtude de medidas do Governo Federal para colocar a economia nos trilhos, mesmo com problemas políticos.

A orientação para os produtores por parte do analista, neste momento, é que sejam realizadas as vendas necessárias para cumprir os compromissos e, caso tenha condições de realizar uma operação mais estruturada, procurar comprar posições de mercado futuro mais à frente. Ele lembra que o mercado futuro é uma realidade utilizada por apenas 3% dos produtores brasileiros, enquanto nos Estados Unidos, de 60% a 65% dos produtores utilizam essa proteção e, na Argentina, esse número chega a 40%.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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