Em Rio Verde (GO), lavouras de soja já apresentam perdas devido à ausência de chuvas
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Em Rio Verde (GO), lavouras de soja já apresentam perdas devido à ausência de chuvas
As lavouras de soja da região de Rio Verde (GO) já registram perdas devido à ausência de chuvas. Em algumas localidades as precipitações não ocorrem há mais de 18 dias e as altas temperaturas, próximas de 40ºC, acabam agravando a situação das plantações. Por enquanto, ainda não é possível quantificar as perdas, uma vez que, o retorno das chuvas pode trazer algum alívio à soja.
Cerca de 80% das plantações está em fase de enchimento de grãos, um dos estágios mais importantes no desenvolvimento da cultura. O diretor do sindicato rural do município, José Roberto Brucelli, reforça que, nesse período, a soja necessita de 7 mm de água por dia para garantir uma boa produtividade.
Porém, as previsões climáticas só indicam precipitações para a localidade a partir da próxima semana. “Com certeza, perdas já existem. A soja não irá conseguir expressar o seu potencial produtivo total, mas ainda não conseguimos quantificar, pois ainda irá depender do tamanho do veranico. Mas a cada dia sem chuvas, os prejuízos são maiores”, diz a liderança.
É importante pontuar que, nos últimos três anos os produtores rurais da região enfrentaram problemas com o clima. “Dois anos seguidos tivemos problemas com a soja, com perdas de produtividade. Em 2016, conseguimos colher a soja, mas a safrinha registrou grandes perdas em função da falta de chuvas. Precisamos de uma boa safra para recuperar os prejuízos dos agricultores”, destaca Brucelli.
Mosca Branca
Além do clima, os produtores também estão atentos ao aparecimento da mosca branca nas plantações. A praga ainda é de difícil controle e pode deixar prejuízos na produção de soja. “Por isso, a orientação é que os agricultores façam o monitoramento das plantações”, afirma o diretor do sindicato.
Comercialização da soja
Parte dos produtores negociou antecipadamente a soja na região. Os preços que já chegaram a R$ 80,00 a saca, atualmente, trabalham próximos de R$ 70,00 a saca. “E para remunerar o produtor precisaremos considerar a produtividade das lavouras”, acredita Brucelli.