Veranico ocasiona perdas na safra de verão no noroeste de Minas Gerais

Publicado em 04/01/2017 09:25
Sem chuvas há mais de 20 dias e com temperatura média ao redor de 35ºC, lavouras de milho e feijão já registram quebra consolidada em Paracatu. Na soja, retorno das precipitações ainda pode recuperar parte do potencial produtivo das plantas. Previsões indicam algumas chuvas a partir da próxima semana na região.
Confira a entrevista de João Alves da Fonseca - Produtor Rural de Paracatu - MG

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Sem chuvas há mais de 20 dias, produções de feijão e milho já registram perdas em Paracatu (MG)

 

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Na região de Paracatu (MG), há uma preocupação por parte dos produtores por conta da falta de chuvas, que pode impactar diretamente na safra de verão. A situação, que não estava sendo prevista pelos climatologistas, de acordo com o produtor rural João Alves da Fonseca, já traz 20 dias sem chuvas irregulares para grande parte da região e chuvas esparsas em pequenas áreas.

O produtor conta que o "impacto é impressionante", com plantas bastante sentidas e até mesmo mortas em alguns casos, demonstrando os sinais que o clima vem deixando nas lavouras.

Aliadas à falta de chuva, as temperaturas também fazem parte da situação que assola a região. A temperatura média é de 35°C, passando até mesmo a 40°C em alguns casos.

Segundo João, já existem perdas consolidadas, embora ainda não seja possível realizar uma estimativa. A cultura de feijão, conforme ele aponta, tem "uma perda muito considerável". Nas lavouras de milho, há folhas mortas ou queimadas. Já para a cultura da soja, a perda também é considerável, mas ainda difícil de avaliar, já que a cultura possui uma capacidade de recuperação maior.

Ele explica que, se as chuvas retornarem, dependendo da variedade de soja, ainda dá tempo de recuperar os prejuízos - principalmente nas lavouras com ciclo tardio, que ainda não entraram em processo produtivo.

A maioria das previsões climáticas apontam para chuvas firmes depois do dia 13 de janeiro - alguns meteorologistas também apontam o dia 8 de janeiro. No ano passado, o problema foi inverso: a região sofreu com mais de 600mm de chuva, impedindo as safrinhas de milho e sorgo.

As áreas irrigadas ainda passam por uma situação na qual ainda não falta água, devido às chuvas de novembro. No entanto, grande maioria da área é de sequeiro, conforme conta João.

Veja fotos da região:

Por: Fernanda Custódio e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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