Em Lucas do Rio Verde (MT), colheita da soja chega a 40% e produtividade segue irregular
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Em Lucas do Rio Verde (MT), colheita da soja chega a 40% e produtividade segue irregular
Apesar das chuvas recentes, os produtores rurais de Lucas do Rio Verde (MT) avançam com a colheita da soja da safra 2015/16. Até o momento, pouco mais de 40% da área cultivada nesta temporada foi colhida. E em comparação com a safra passada, não há atraso nos trabalhos nos campos. Já a produtividade das plantações segue bastante irregular.
De acordo com o presidente do sindicato rural do município, Carlos Simon, o rendimento médio gira em torno de 17 sacas até 60 sacas do grão por hectare. “Quem recebeu chuva está colhendo bem, já os que não receberam registram baixa produtividade. Acreditamos que a média deverá ficar próxima de 40 sacas a 42 sacas de soja por hectare”, destaca.
Frente a esse cenário, alguns produtores seguem preocupados com o cumprimento dos contratos feitos anteriormente. “O melhor caminho ainda é procurar as traders ou o sindicato para conversar e entrar em acordo. Nessa questão, o bom senso deve prevalecer”, pondera a liderança sindical.
Paralelamente, com o retorno das chuvas, os agricultores devem estar atentos com o aparecimento das doenças de final de ciclo, como ferrugem asiática e mancha alvo. “As precipitações acabam dificultando as aplicações e as doenças podem ainda ocasionar prejuízos aos produtores. A nossa colheita deverá continuar até próximo dos dias 10 a 15 de março. E durante a safra também tivemos problemas com a mosca branca”, explica Simon.
Milho Safrinha
Em torno de 40% da área já foi semeada com o milho safrinha na região. E, na localidade, a janela ideal de semeadura termina no final do mês de fevereiro. Por enquanto, os produtores estão atentos às previsões climáticas, já que a perspectiva é que as chuvas diminuam entre os meses de abril e maio.
“Isso preocupa os agricultores, pois os custos de produção são elevados. Ainda assim, a projeção é que não haja redução na área cultivada com o cereal e a tecnologia empregada deverá ser razoável, com adubação boa. Até porque, já temos pouco mais de 60% da safrinha negociada antecipadamente, os produtores aproveitaram os picos de câmbio”, finaliza o presidente do sindicato rural.