Com maior incidência da mosca branca nas lavouras de soja, produtores de MT devem combater as ninfas
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Com maior incidência da mosca branca nas lavouras de soja, produtores de MT devem combater as ninfas
O clima seco na safra 2015/16 principalmente no Centro-Oeste, contribuiu para a propagação de insetos nas lavouras. No Mato Grosso, a mosca branca é a maior preocupação dos produtores.
De acordo com a entomologista da Fundação MT, Lucia Vivan, a presença de fumagina, que é um dano colateral do inseto, evidencia a alta população da praga nas lavouras do Estado.
"Geralmente temos ataque de mosca branca em períodos mais secos, apesar de termos uma permanência dessa população durante todo o ano, mas com certeza esse clima mais seco que tivemos esse ano propiciou um aumento maior. Em algumas regiões do Mato Grosso ela inicia o ataque na cultura da soja, migrando para as áreas de algodão e feijão"
Esses insetos podem causar danos diretos e indiretos às culturas. Os danos diretos são causados pela sucção da seiva, quando se alimentam, provocando alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta. Já entre os danos indiretos se destaca a transmissão de vírus e a fumagina (fungo preto que cobre a folhagem das plantas).
Estudos apontam que uma população acima de 15 ninfas por folha, já causando perdas na produtividade. Por isso, é importante que os produtores além de realizarem o controle dos adultos, também devem combater as ninfas para evitar o crescimento populacional.
"Nós podemos trabalhar controlando os adultos, mas isso deve ser feito em uma situação bem inicial da colonização, porque depois disso já temos a ninfa e se utilizarmos um produto que combate só o adulto, a forma jovem vai continuar a desenvolver", alerta
Com a sucção da seiva, a mosca prejudica a fotossíntese das plantas deixando-as amareladas. Os danos mais severos podem ser observados a partir da fase de enchimento do grão.