Produto protetor na soja pode reverter a seleção de fungos resistentes com ação multissítio. Uso em milho e algodão também tem bons resultados
Entre os problemas que afetam a produção de soja no Brasil, a ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi tem causado enormes danos econômicos.
Atualmente o fungo causador da ferrugem asiática apresenta resistência parcial aos triazóis e as estrobilurinas (principais princípios ativos utilizados no Brasil), causando redução na eficácia do controle.
A resistência está relacionada a uma série de fatores, entre elas a utilização em larga escala de fungicidas curativos que possuem ação em um sítio especifico do fungo, podendo gerar a resistência através de processo de reprodução do patógeno.
"Essa especificidade é extremamente perigosa porque gera resistência, e perda de eficácia do produto", explica o professor doutor de Fitopatologia da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Daniel Cassetari Neto.
Uma alternativa para combater a resistência é a utilização de fungicidas protetores, que são aplicados em associação a produtos sistêmicos. O Unizeb Gold da UPL é indicado para lavouras de soja, milho e algodão, no combate a fungos que criaram resistência a controle de doenças no campo em decorrência do uso indiscriminado de fungicidas sistêmicos, sem alternância de princípios ativos.
Os testes mostram um melhora de até 70% na eficiência de outros produtos e um aumento de produtividade nas culturas. No entanto, é importante ressaltar que o fungicida protetor deve ser aplicado no inicio do ciclo, "para impedir que o fungo entre na planta", explica Neto.
A ação dos fungicidas protetores na cultura do milho está voltada ao combate de doenças como a mancha branca. Já no caso do algodão o controle é realizado sobre a ramulária, duas doenças foliares que apresentam boa resposta com a utilização do fungicida multissítios.