Ferrugem causa prejuízo de US$25 bi nos últimos 15 anos. Fungicidas protetores são alternativas para reduzir resistência aos atuais produtos
A ferrugem asiática está entre os principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos de soja em todo o mundo. Só no Brasil de 2001 a 2015 foram registrados US$25 bilhões de prejuízos com a doença.
José Tadashi Yorinori, consultor da Tadashi Agro, conta que a cada safra têm aumentado o número de aplicações nas lavouras - de 2 para 3 - gerando perda de eficácia dos fungicidas.
"A questão da ferrugem asiática da soja, deve ser vista como um problema de segurança nacional, assim como nos Estados Unidos, onde não se permite adotar nenhuma prática sem o consentimento da assistência técnica oficial", considera Yorinori.
Segundo ele, os fungos e bactérias, sofrem constantes mutações devido sua diversidade genética, por isso é importante que os produtores não realizem aplicações constantes do mesmo principio ativo, para que o fungo não desenvolva resistência aos produto.
Tadashi considera que o Brasil deveria dar maior assistência aos produtores, para que eles tenham melhores informações quanto a formas e produtos para realizar o combate ao fungo.
Contudo, existem novos produtos no mercado que potencializam a eficiência dos fungicidas, conhecidos com fungicidas protetores. O uso desse produto é realizado em conjunto com outros princípios ativos combatentes a ferrugem asiática.
"Os triazóis e estrobilurinas atuam em certos sítios da célula do fungo, e os fungicidas protetores são de ampla ação, então quando aplicado eles dificultam a seleção de populações resistentes", explica Tadashi.
Segundo ele, esse tipo de produto tem mostrado eficácia em todo o país, e é uma boa alternativa para os produtores no combate a doença.