CPI das invasões de terras atinge o número regimental de assinaturas na noite desta 4ª (15)
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Pedido precisa de menos de 10 assinaturas para que CPI seja instalada
Notícia atualizada às 20h40 (Brasília)
CPI das invasões de terras atinge o número regimental de assinaturas
O requerimento unificado da oposição para a instalação da CPI que pretende investigar a onda de invasões de terras atingiu, nesta quarta-feira (15), o número regimental de 171 assinaturas. A conquista dos apoios só foi possível graças à união de esforços dos gabinetes dos deputados federais Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), Kim Kataguiri (União-SP) e Ricardo Salles (PL-SP). O apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), presidida pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR), foi fundamental para que a proposta superasse mais de um terço dos parlamentares. O próximo passo será o protocolo formal da CPI, que anunciaremos no momento oportuno para que a sociedade tome ciência da indignação desta Casa com as ações criminosas contra os homens e mulheres do campo. Agora, buscaremos o diálogo com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), para que possamos iniciar os trabalhos no menor espaço de tempo possível. Precisamos investigar com todo o rigor quem está financiando o terror no campo.
Deputado Federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS)
O pedido para a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre as invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) já havia coletado 163 assinaturas até o final da tarde desta quarta-feira (15), faltando somente oito para que o processo avance e a CPI seja instaurada. A informação foi dada ao Notícias Agrícolas, com exclusividade, pelo deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS).
"Estamos avançando muito rápido (...) Teremos o apoio de mais parlamentares, não vamos parar no número limitado e esperamos poder investigar todas essas invasões que estão acontecendo em propriedades privadas, muitas vezes de forma criminosa, em propriedades produtivas ou que não são produtivas, mas que não cabe ao MST elencar isso, cometendo crime de invasão", detalhou o deputado.
O financiamento do movimento é um dos principais pontos de investigação que deverá ser feita na CPI, inclusive entre autoridades e parlamentares que possam estar envolvidos e fortalecendo o movimento.
"Na prática, as invasões não pararam. As invasões continuam e não podemos admitir. Quem fez reforma agrária foi o governo Bolsonaro, entregando mais de 460 mil títulos de propriedades rurais para assentados e pequenos agricultores, com legalidade jurídica, assistência técnica, isso sim é pensar em uma reforma agrária adequada. Existe o Incra para avaliar se a terra é produtiva e o próprio Incra que vai determinar os meios para a doação de títulos", complementa o parlamentar.
Os três documentos que circulavam no Congresso Nacional buscando garantir o número necessário de assinaturas para que a Comissão Parlamentar de Inquérito seja protocolada foram unificados pela bancada ruralista, liderada pelo presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), o deputado Pedro Lupion (PP-PR). O escolhido foi o requerimento do deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), o qual já contava com 150 das mais de 270 necessárias.
“A FPA está junto na coleta de assinaturas, e nós estaremos em peso participando desta comissão para entender da onde vem o financiamento, quem é que está motivando essa onda de invasões e, principalmente, por ter certeza de ser uma questão política e não agrária, investigar o que está acontecendo em pleno 2023, invasão de propriedade privada e de propriedades produtivas”, afirmou Lupion.