Suspensão da Ferrogrão é exemplo do perigo de ver o poder nas mãos de uma só pessoa, um juiz do STF

Publicado em 18/03/2021 16:26 e atualizado em 18/03/2021 19:19
Tempo e Dinheiro - Com João Batista Olivi

Bolsonaro volta a criticar decisão que tornou Lula elegível

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta quinta-feira a decisão de dez dias atrás do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato em Curitiba, tornando o petista elegível para a disputa presidencial do ano que vem.

Sem citar nominalmente Lula e Fachin, Bolsonaro afirmou, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, que a decisão beneficiou um "bandido" e enfatizou que a medida foi monocrática, não tomada pelo conjunto do STF. Ele também insinuou que a decisão está relacionada ao que chamou de "luta política ferrenha" para a eleição de 2022.

"Alguns querem que eu tome uma medida precipitada. O país está dividido. Há uma luta política ferrenha para 2022. Ferrenha! Um ministro do Supremo deu elegibilidade para um dos maiores bandidos que já passou pelo Brasil", disse Bolsonaro.

"Alguns falam 'ah, o Supremo aí'. Foi um ministro, mas falam 'o Supremo'", criticou.

Bolsonaro não detalhou o que seria uma "medida precipitada" nem deu os nomes daqueles que defenderiam que ele a adotasse. Ele também disse que há os que querem que ele coloque "o pé na porta", mas que isso levaria a uma ditadura.

"Os caras querem que coloque o pé na porta. Pé na porta é ditadura. E o povo brasileiro não sabe o que é ditadura, não conhece o que é ditadura. Sabem de uns idiotas da esquerda que ficam falando besteira o tempo todo aí", disse.

O presidente também desdenhou de pesquisas eleitorais que dão percentual de intenção de voto significativo a Lula, com a possibilidade de o petista vencê-lo no ano que vem, e disse que, no Brasil, quem acredita em pesquisa é "desmiolado".

Amazônia deve ser pensada como oportunidade de investimento e não uma abstração, diz Guedes

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quinta-feira que a Amazônia precisa ser pensada como um "espaço real" e não uma "abstração" e que o desenvolvimento sustentável na região deve fazer parte de um esforço mais amplo de aumento de produtividade e modernização do Estado.

Em participação gravada para seminário virtual do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Guedes disse que o BID e países da região amazônica já acolheram proposta brasileira para a criação de um fundo para a Amazônia que captará doações para a região, inclusive do setor privado.

"É preciso pensar na Amazônia como um espaço real, com oportunidades de investimento, com desafios, e não como abstração", disse o ministro, acrescentando que milhões de pessoas vivem e tiram seu sustento na região.

Ele ressaltou que o governo também reconhece que a floresta é um patrimônio que precisa ser preservado, "produzindo bens e serviços ambientais que beneficiem a população local, o Brasil e o mundo".

"A exploração insustentável da floresta é um sintoma de sistema econômico de baixa produtividade, à margem da lei e com perspectivas limitadas a curto prazo", disse Guedes.

O ministro elencou outras medidas tomadas pelo governo para a região, como a inclusão na carteira na carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) de seis projetos de proteção florestal e da concessão de dois parques nacionais da Amazônia. A própria aprovação do marco do saneamento beneficiará particularmente a região, que tem grande carência de infraestrutura, destacou Guedes.

"O desenvolvimento sustentável da Amazônia deve ser parte de um esforço mais amplo de aumento de produtividade, melhoria de infraestrutura e do ambiente de negócios, de desburocratização, transformação e modernização do Estado brasileiro", disse o ministro.

Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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