Manifestação verde-amarela faz forte demonstração de apoio às reformas do Governo Bolsonaro
Bolsonaro volta a criticar lockdown e insinua medidas para evitar restrições
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta segunda-feira as políticas de restrição de circulação e insinuou a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, que está estudando medidas para resolver a situação.
"Podem ter certeza que tudo que for legal fazer, eu farei. Brevemente teremos as consequências do que está acontecendo, fiquem tranquilos", disse Bolsonaro ao grupo, que participou na segunda de uma carreata a favor do presidente e contra as medidas de fechamento de serviços em Brasília.
Há duas semanas, em uma viagem, Bolsonaro chegou a dizer que iria agir para que pudesse ter seu "poder" de volta. Nesta segunda, ao responder a um apoiador que reclamava das restrições em Brasília, o presidente afirmou que se colocava no lugar da pessoa, que é comerciante, e repetiu:
"Eu estou fazendo minha parte. Fique tranquilo, a gente vai chegar a um bom termo sobre isso."
Bolsonaro disse ainda que não é ele quem está com essa "política excessiva de fique em casa".
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Lista de serviços essenciais diminui; Toque de recolher das 20h às 5h (no Poder360)
Essa é uma nova classificação do plano, que excluiu alguns serviços essenciais autorizados na fase vermelha. Com isso, o governo de João Doria (PSDB) estima que mais 4 milhões de pessoas deixem de circular no Estado.
A retirada de produtos e alimentos em comércios, por exemplo, está proibida. A alternativa é adotar o delivey durante todo o dia.
Cultos e missas também estão proibidos. Doria tinha assinado um decreto que tornava as atividades religiosas essenciais. Mas, na fase emergencial, as pessoas só poderão frequentar igrejas de forma individual.
Outro setor que ficará aberto apenas para visitação são as escolas estaduais, municipais e da rede privada. Alunos poderão ir para as unidades apenas para recolher materiais educativos e para se alimentar.
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Mesmo os comércios com permissão para continuar abertos terão que obedecer novas regras. É o caso dos supermercados, que precisam fechar às 20h. Esse é o horário em que começa o toque de recolher no Estado, que vai até 5h. O governo afirmou que a fiscalização para que a medida seja cumprida será constante, com agentes das polícias Civil e Militar. Desobedecer o toque de recolher, no entanto, não será punido com multa.
O aumento da fiscalização já começou neste fim de semana. Durante as operações, festas e eventos foram interrompidos. Entre eles, uma festa em um cassino que contava com a presença do jogador Gabigol, do Flamengo, e do cantor de funk MC Gui.
Até esse domingo (14.mar), o Estado de São Paulo tinha 2.203.983 casos de infecção pelo coronavírus e 64.123 mortes. Além disso, 88,4% dos leitos de UTIs (unidades de terapia intensiva) exclusivos para pacientes com covid-19 estavam ocupados, assim como 74,4% dos leitos de enfermaria.