Opções a futuro: estratégia com milho na CME dá ganho de 8 para 1, ensina Mauricio Bellinelo

Publicado em 04/03/2021 16:44 e atualizado em 04/03/2021 20:00
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Opep+ estende cortes de produção de petróleo; sauditas mantêm redução voluntária

DUBAI/MOSCOU (Reuters) - A Opep e seus aliados concordaram em estender seus cortes de oferta de petróleo por um mês até abril, dando pequenas isenções à Rússia e ao Cazaquistão, após entenderem que a recuperação da demanda em meio à pandemia de coronavírus ainda é frágil, apesar de uma recente alta do preço da commodity.

A líder da Opep, Arábia Saudita, disse que vai estender seus cortes voluntários de produção de petróleo de 1 milhão de barris por dia (bpd), e que decidirá nos próximos meses o momento em que a medida deverá ser gradualmente eliminada.

A notícia empurrou os preços do petróleo de volta para seus níveis mais altos em mais de um ano, com o Brent sendo negociado com alta de 5%, acima de 67 dólares por barril, já que o mercado esperava que a Opep+ liberasse um aumento de oferta.

A Opep+ cortou a produção em um recorde de 9,7 milhões de bpd no ano passado, devido ao colapso da demanda devido à pandemia. Em março, o grupo ainda restringia a oferta em cerca de 7 milhões de bpd, cerca de 7% da demanda mundial. O corte voluntário da Arábia Saudita eleva o total para cerca de 8 milhões de bpd.

Pelo acordo selado nesta quinta-feira, a Rússia teve permissão para aumentar a produção em 130 mil bpd em abril e o Cazaquistão em outros 20 mil bpd, para atender às necessidades domésticas.

"Todos os demais vão manter congelada (a produção)", disse o ministro saudita de Energia, príncipe Abdulaziz bin Salman, em uma entrevista coletiva sobre o pacto.

Ele afirmou que a Arábia Saudita vai decidir nos próximos meses sobre quando retirar gradualmente os cortes voluntários de 1 milhão de bpd, e disse que será "em nosso tempo, à nossa conveniência".

"Não estamos com pressa", acrescentou.

Mais cedo, tanto bin Salman quanto o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak, peças chaves da Opep+, haviam afirmado aos ministros do grupo que a recuperação na demanda é frágil.

Novak declarou, após a reunião, que a Opep+ teve de agir com cautela para evitar o superaquecimento do mercado.

A Rússia tem insistido em aumentar a produção para evitar que os preços avancem ainda mais e deem apoio à produção de petróleo "shale" dos Estados Unidos, que não faz parte da Opep+.

Mas o governo russo não conseguiu aumentar a produção em fevereiro, apesar de ter obtido aval da Opep+, porque o inverno rigoroso atingiu suas operações em campos maduros. Novak disse que a Rússia precisa de barris extras para atender à demanda em recuperação no país.

Preços do petróleo disparam a máximas de 1 ano após Opep+ manter cortes de produção

BANGALORE (Reuters) - Os preços do petróleo engataram um rali de mais de 4% nesta quinta-feira, atingindo o maior patamar em mais de um ano, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados concordarem em manter o nível de produção da commodity inalterado até abril, argumentando que a recuperação da demanda em meio à pandemia de coronavírus ainda é frágil.

O petróleo Brent fechou em alta de 2,67 dólares, ou 4,2%, a 66,74 dólares por barril, depois de alcançar a marca de 67,75 dólares, mais alto nível desde janeiro de 2020.

Já os contratos futuros do petróleo dos Estados Unidos (WTI) avançaram 2,25 dólares, ou 4,2%, para 63,83 dólares o barril, também tendo registrado uma máxima desde janeiro de 2020, a 64,86 dólares.

"A Opep nos surpreendeu... A mensagem que a Opep está passando para o mercado é de que eles estão bastante dispostos a ver os preços do petróleo subirem e, em última análise, percorrer um longo caminho na redução do estoque acumulado no ano passado por causa da Covid-19", disse Bart Melek, chefe de estratégias de commodities da TD Securities.

Alguns analistas projetavam que a Opep+, aliança que reúne a Opep e outros grandes produtores, aumentaria o bombeamento em cerca de 500 mil barris por dia (bpd).

A Arábia Saudita, líder do grupo, disse que vai estender seu corte voluntário de produção de 1 milhão de bpd, e que decidirá nos próximos meses o momento em que a medida deverá ser gradualmente eliminada.

"No entanto, há um pequeno problema no coquetel altista, e pouquíssimos estão surpresos. A Rússia quer aumentar a produção", disse em nota o chefe de mercados de petróleo da Rystad Energy, Bjornar Tonhaugen.

Nasdaq encerra em forte queda após comentários de Powell

(Reuters) - Wall Street terminou em queda acentuada nesta quinta-feira, deixando o índice Nasdaq quase 10% abaixo do recorde de fevereiro, após comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, decepcionarem investidores preocupados com o aumento dos rendimentos dos títulos de longo prazo dos EUA.

Uma queda de 10% ante a máxima de fevereiro confirmaria a entrada do Nasdaq em território de correção.

A taxa do Treasury de dez anos disparou para 1,555% após os comentários de Powell, que não apontaram mudanças nas compras de ativos do Fed para enfrentar o recente salto nos rendimentos. Apesar da alta, o yield ainda se manteve abaixo da máxima em um ano alcançada na semana passada, de 1,614%.

Alguns investidores esperavam que o Fed aumentasse as compras de títulos de longo prazo, ajudando a reduzir as taxas de juros de vértices mais dilatados.

"O mercado está preocupado com o aumento das taxas de juros de longo prazo. O chair do Fed em seu comentário realmente não rechaçou esse aumento, e o mercado interpretou isso como um sinal de que os rendimentos poderiam subir ainda mais, que foi o que aconteceu", disse Scott Brown, economista-chefe da Raymond James, na Flórida.

Em dia de forte volume em Wall Street, o Nasdaq apagou os ganhos acumulados neste ano e está 9,7% abaixo do pico de 12 de fevereiro. O S&P 500 está mais de 4% aquém de seu recorde de 12 de fevereiro.

O índice Dow Jones caiu 1,11%, a 30.924 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 1,341721%, a 3.768 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 2,11%, a 12.723 pontos.

Ucrânia projeta safra recorde de grãos em 2021

KIEV (Reuters) - A maioria das safras ucranianas de grãos de inverno está em excelentes condições graças ao clima favorável que pode elevar a produção a nível recorde em 2021, de mais de 75 milhões de toneladas, disse um alto funcionário do governo nesta quinta-feira.

"Entendemos que o clima afetará o volume, mas a partir de agora... se não prevermos qualquer força maior, vemos um resultado muito positivo", disse Taras Vysotskiy, vice-ministro da Economia encarregado da agricultura, à Reuters.

Ele disse que o volume pode incluir 29-30 milhões de toneladas de trigo, 9,5 milhões de toneladas de cevada e pelo menos 34 milhões de toneladas de milho.

A ex-república soviética colheu cerca de 65 milhões de toneladas de grãos em 2020, incluindo 25,1 milhões de toneladas de trigo, 30,3 milhões de toneladas de milho e 7,76 milhões de toneladas de cevada.

Vysotskiy disse que um salto no volume pode permitir que a Ucrânia aumente os embarques de exportação para 50-53 milhões de toneladas na temporada de julho-junho de 2021/22, de 45,4 milhões de toneladas esperadas para a temporada atual.

Ele disse que o volume de exportação pode incluir 21-22 milhões de toneladas de trigo, em comparação com 17,5 milhões de toneladas em 2020/21.

Vysotskiy disse que uma colheita abundante e um consumo doméstico estável tornariam desnecessárias quaisquer restrições à exportações, mesmo levando em consideração as restrições impostas pela vizinha Rússia.

A Rússia dobrou seu imposto de exportação de trigo para 50 euros por tonelada em uma tentativa de conter a alta inflação dos preços dos alimentos em meio à pandemia do coronavírus.

Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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