Bolsonaro edita MPs para baixar preço dos combustiveis, mas governadores querem orçamento de guerra

Publicado em 02/03/2021 15:56 e atualizado em 02/03/2021 16:52
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

PEC que abre caminho para auxílio emergencial terá rito acelerado na Câmara

Líderes apoiam levá-la ao plenário; Pagamento sairia já em março; Texto está no Senado (poder360)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta 3ª feira (2.mar.2021) que a maioria dos líderes da Casa é favorável à tramitação especial da PEC (proposta de emenda à constituição) emergencial. A declaração foi feita em publicação no seu perfil no Twitter.

A tramitação especial pode fazer com que a PEC seja analisada pela Câmara diretamente no plenário, sem ter que passar por comissões da Casa.

Segundo Lira, a estratégia é uma forma de garantir o pagamento do auxílio emergencial já em março.

A PEC emergencial está no Senado. Nesta 3ª feira (2.mar) deverá ser feita a leitura do relatório do texto em plenário. Na 4ª feira (3.mar) deve começar a análise da proposta e a votação.

Depois de ceder à pressão dos senadores contrários à desvinculação de recursos para saúde e educação, ainda há pontos no relatório da PEC que o governo negocia para serem retirados do texto final.

O objetivo principal é criar uma cláusula de calamidade pública na Constituição que defina as situações em que cidades, Estados e a União podem fazer gastos excepcionais –como numa pandemia ou durante uma guerra– sem que sejam desrespeitadas as regras fiscais.

Brasil pode virar Venezuela rapidamente com erros na economia, diz Guedes

País teria que errar por 5 a 6 anos; Se fizer reformas, trilho será outro (Poder360)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil pode virar uma Argentina ou uma Venezuela rapidamente caso tome decisões erradas de política econômica, como aumentar o endividamento do país sem cortar despesas.

“Para virar a Argentina, 6 meses; para virar Venezuela, 1 ano e meio. Se fizer errado, vai rápido. Agora, quer virar Alemanha, Estados Unidos? [São necessários] 10, 15 anos na outra direção”, afirmou.

A declaração foi em entrevista ao podcast Primocast, gravada na última 6ª feira (26.fev.2021) e publicada nesta 3ª feira (2.mar).

Durante a conversa, Guedes refez os próprios cálculos e disse que estava “exagerando”. “É bem mais moderado. Leva uns 3 anos para virar Argentina e uns 5 a 6 anos para virar a Venezuela”, declarou.

Para evitar esse caminho, segundo Guedes, o país deve seguir uma agenda liberal, com a realização de reformas econômicas, o que abrirá um caminho de prosperidade para a nação.

“Você prefere juro baixo, muito investimento, emprego, renda, Bolsa subindo, todo mundo ganhando, estourando champanhe, um país da prosperidade, ou prefere ir para a Venezuela?”, questionou o Guedes em outro momento.

Ouça abaixo (1h55min):

Guedes diz que vai ficar enquanto tiver a confiança de Bolsonaro

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que permanecerá no cargo enquanto tiver a confiança do presidente Jair Bolsonaro. Afirmou que só vai embora se alguém mostrar que ele está “fazendo algo muito errado”.

“Se ele não confiar, eu sou demissível em 30 segundos. Se eu estiver conseguindo ajudar o Brasil, fazendo as coisas em que eu acredito, eu devo continuar. A ofensa não me tira daqui. O medo, o combate, o vento a chuva, isso não me tira daqui de jeito nenhum.”

A declaração foi feita em entrevista ao podcast Primocast, gravada na última 6ª feira (26.fev.2021) e publicada nesta 3ª feira (2.mar).

 

A revista Veja divulgou na semana passada um diálogo entre o ministro da Economia e o presidente. Guedes dizia se sentir atingido por um tiro de Bolsonaro por causa da demissão de Roberto Castello Branco do comando da Petrobras.

Ao podcast, Guedes disse que está com a “consciência muito tranquila” no cargo ao qual ocupa há mais de 2 anos. Falou que enfrenta “muitas pressões ao mesmo tempo” e que vem aprendendo.

“O que me tira daqui é a perda da confiança do presidente ou ir para o caminho errado. Se eu tiver que empurrar o Brasil pelo caminho errado eu prefiro não empurrar, eu prefiro sair. Isso não aconteceu”, declarou.

Fonte: Poder360

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