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Paulo Guedes diz que recuo na economia será menor que o esperado
Para o ministro, a atividade econômica está em recuperação no país
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje (19) que a economia brasileira está em recuperação e o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano será menor do que o esperado inicialmente.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. “A previsão inicial do FMI [Fundo Monetário Internacional] e outras instituições financeiras era que o PIB brasileiro cairia quase 10%, ou mais e nós revisamos para 5% a 5,5%, metade da estimativa inicial. Mas pensamos que vai ser muito menos do que isso: 4% de queda”, afirmou o ministro em vídeo gravado e transmitido em reunião virtual da Cúpula da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
Hoje, (19), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também sinalizou que espera por uma queda menor da economia brasileira neste ano, ao participar de uma conferência organizada pelo Milken Institute. Segundo ele, o recuo deve ficar em torno de 4,5%, em 2020.
Segundo Campos Neto, o Brasil foi o país que mais gastou para enfrentar a pandemia da covid-19, entre os emergentes. Mas também é o país que teve queda menor na economia e recuperação “mais forte”. Ele destacou que agora o Brasil precisa resgatar a credibilidade em relação à sustentabilidade das contas públicas, com disciplina fiscal e continuidade das reformas na economia.
Em setembro, quando a última estimativa foi divulgada, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a projeção para a queda da economia, neste ano, em 4,7%.
A última estimativa do BC, também divulgada em setembro, previa queda do PIB de 5%, neste ano.
Em pesquisa do BC ao mercado financeiro divulgada hoje, a previsão de bancos é que ao PIB terá retração de 5% em 2020.
Investimentos e teto dos gastos
O ministro afirmou ainda que é preciso transformar “a onda de consumo” estimulada pelo auxílio emergencial, que sustentou as pessoas mais vulneráveis na crise gerada pela pandemia da covid-19, em um “bom de investimentos”.
Segundo o ministro, o governo manterá a agenda de reformas e quer abrir a fronteira de investimentos, com mudanças em marcos regulatórios, mais concessões e privatizações. Ele citou a aprovação do marco do saneamento pelo Congresso Nacional e lembrou de outras propostas como do gás natural.
Guedes defendeu ainda o teto de gastos para controlar as contas públicas. De acordo com o ministro, enquanto a classe política não tiver controle sobre o orçamento, por conta das indexações que existem atualmente, não será possível eliminar o teto de gastos. “Se desindexarmos o orçamento, se fizermos desobrigação, desvincularmos todos esses gastos e a classe política tomar controle do orçamento novamente, como em qualquer outro país, poderíamos nos dar ao luxo de liberar esse teto”, disse.
O ministro acrescentou que a manutenção do teto é uma “grande luta”. “Em alguns momentos há até luta interna, fogo amigo, pessoas aqui que querem gastar dinheiro e mandam sinais mistos para o mercado, isso é muito ruim”, disse. Guedes destacou que o presidente Jair Bolsonaro tem dado apoio para a manutenção do teto dos gastos.
Economia da Colômbia recua, contraindo 10,6% em agosto
BOGOTÁ (Reuters) - A economia da Colômbia encolheu 10,6% em agosto em comparação ao mesmo mês do ano anterior, à medida que o lockdown em razão do coronavírus na capital do país desacelerou a recuperação econômica, afirmou o governo nesta segunda-feira.
A queda anual em agosto foi maior do que a contração de 9,7% registrada em julho, disse a agência nacional de estatísticas (DANE).
Quase todas as atividades econômicas recuaram em agosto, especialmente as de varejo, construção, manufatura e agricultura, mas a DANE atribuiu grande parte da queda a várias quarentenas adotadas em bairros de Bogotá.
A Colômbia organizou um lockdown nacional entre março e agosto. As restrições foram gradualmente afrouxadas, mas o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 8,1% entre janeiro e agosto, disse a DANE.
O governo prevê que o PIB caia 5,5% neste ano. O banco central está menos otimista, prevendo uma retração entre 6% e 10%. O comitê do banco central local reduziu a taxa de juros em 250 pontos-base desde março, levando-a para a mínima histórica, de 1,75%.
Harker, do Fed, diz que "vale a pena" tolerar inflação mais alta para cumprir metas de emprego
(Reuters) - Trabalhadores negros e hispânicos e outros em empregos de baixa remuneração estão apenas começando a ver suas situações de emprego melhorar antes da pandemia os prejudicar e eliminar muitos dos ganhos, disse o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) da Filadélfia, Patrick Harker, nesta segunda-feira.
O novo arcabouço do Fed deve ajudar a resolver o déficit de empregos, auxiliando trabalhadores afetados a encontrar novas oportunidades, disse Harker.
"Não vamos mais evitar o aumento da inflação elevando preventivamente as taxas de juros antes de alcançarmos o pleno emprego", disse Harker em comentários preparados para um evento virtual organizado para o Fórum Global HOPE.
"Tolerar o risco de uma inflação um pouco mais alta, em nossa opinião, vale a pena se nos ajudar a atingir nossas metas de emprego."
Programas de inserção de empregos também podem ajudar pessoas sem diploma universitário a assumir cargos de melhor remuneração, com mais oportunidades de crescimento, disse Harker.
Beneficiários do Bolsa Família recebem 2ª parcela de auxílio residual
Hoje foram liberados R$ 421,6 milhões para 1,6 milhão de pessoas
A Caixa paga hoje (19) a segunda parcela do auxílio emergencial residual para beneficiários do Bolsa Família. São R$ 421,6 milhões para 1,6 milhão de beneficiários do Bolsa Família com NIS (Número de Identificação Social) final 1.
Ao todo, mais de 16 milhões de pessoas cadastradas no programa Bolsa Família foram consideradas elegíveis para a segunda parcela do auxílio emergencial residual e receberão, no total, R$ 4,2 bilhões durante o mês de outubro.
O pagamento da parcela segue o calendário habitual do Bolsa Família. O valor do programa é complementado pelo auxílio emergencial até chegar a R$ 300 ou até R$ 600, no caso de mulher provedora de família monoparental. Se o valor do Bolsa Família for igual ou maior que R$ 300 ou R$ 600, o beneficiário receberá o benefício de maior valor.
Próximos pagamentos
Amanhã (20), recebem a parcela residual os beneficiários do Bolsa Família com NIS final 2. Os pagamentos seguem até o dia 30 de outubro, com exceção do final de semana quando não há liberação de recursos. Os últimos a receber são os beneficiários com NIS final 0.
Número final do NIS | Data de pagamento |
1 | 19 de outubro |
2 | 20 de outubro |
3 | 21 de outubro |
4 | 22 de outubro |
5 | 23 de outubro |
6 | 26 de outubro |
7 | 27 de outubro |
8 | 28 de outubro |
9 | 29 de outubro |
0 | 30 de outubro |
Agencia Brasil